VIVA VENCENDO Autora : Maria Amélia Rizzo ESTA É A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO : A NOSSA FÉ ( 1 João 5:4 ) PREFÁCIO



Viva Vencendo!
E não é isso mesmo que você desejaria ? Viver Vencendo ?
Vencer o medo , a preocupação , a angústia , o egoísmo , o remorso , o fracasso e sair
disso tudo vitorioso , confiante , sereno , altruísta ,eficiente e triunfante ?
Então convença-se de uma grande verdade esse desejo não é uma fantasia sua ,
complemente sem fundamento. Ao contrário. Você foi criado para vencer na vida e não
para ser derrotado. Isto não é mais uma canção de ninar , para embalá-lo durante as suas
noites de insônia.
 Todas essas misérias estão dando cabo da sua vida , ou pelo menos de sua alegria de
viver ; são inteiramente contrárias à sua natureza .
Você não nasceu com nada disso . Essas coisas foram ferindo o seu espírito
gradativamente , e com tal persistência , que hoje você nem sequer consegue mais perceber que elas são elementos estranhos à sua estrutura .
 Mas não se aflija , porque debaixo de todas essas camadas feridas no decorrer dos anos ,
existe um fundamento sólido muito mais resistente do que a crosta machucada , que tanto
o incomoda. Na profundeza do seu ser encontra-se a sua capacidade de recuperação . Essa
base é indestrutível , e, enquanto você estiver vivo podará' ser ativada e posta em ação
para reconstruí-lo , transformando-o naquilo que você nasceu para ser
Se todos os que vivem dominados pelas fraquezas tivessem sido criados para viver assim
, deveriam estar perfeitamente satisfeitos com os seus fracassos , ou pelo menos
acomodados a eles. Mas o espírito reage a esses elementos destruidores causando-lhes
inquietações assim como o físico reage a micróbios, causando a febre, numa tentativa de
expulsar do organismo aquilo que nele se aloja para destruí-lo.
Supondo-se que tudo isso lhe pareça lógico , surge agora uma pergunta.
Mas como ? Como se vence ? Onde se encontra , dentro de nós aquilo que foi soterrado
por uma vida inteira de fracassos ?
A essa indagação inicial, que se desdobra em dezenas de perguntas, tentaremos dar uma
resposta. Mas será apenas uma tentativa. O sucesso consiste em você desejar mesmo
vencer tudo aquilo que o atormenta , libertando o seu verdadeiro eu para uma vida
vitoriosa .
Então você terá a seu lado , para orientá-lo , encaminhá-lo , censurá-lo quando necessário
e encorajá-lo em todas as circunstâncias , não um livro ou uma palavra amiga , mas a
companhia poderosa e invencível de seu Deus.
Esta mensagem lhe é transmitida com uma prece sincera para que ele o faça encontrar na
vida o caminho de vitória.

VIVA VENCENDO
O SEGREDO DA VITÓRIA
Qual a diferença entre os fracassados e os vitoriosos ?
Existe um denominador comum, ao qual se possam reduzir todos os vitoriosos ou todos os
fracassados?
Parece que a separação entre uns e outros e feita pela fé . Vitoriosos são aqueles que
avançam baseados na confiança Fracassados são aqueles que vão ficando para trás ,
revolvendo-se em círculos em torno de si próprios , sem ânimo , sem coragem , sem
certeza de coisa alguma
A fé estabelece a diferença entre os que triunfam e os que são derrotados. Se você se considera um fracasso, deixe de lamuriar a sua condição. Comece a
desenvolver a fé e, pouco a pouco, você passará também para a linha de frente dos
vitoriosos
Ouvir falar sobre o valor da fé pode ser muito interessante, mas entre palavras sonoras e a
exposição de um método eficiente para despertar a fé, vai uma grande distância.
Que se deve fazer para ter fé?
Que medidas drásticas serão necessárias para desenvolvê-la?
No próximo capítulo você verá que não é preciso modificar coisa alguma nem sair do
lugar, para dar início à fé. Ela começa exatamente onde você se encontra agora, no meio
de seus problemas e de suas frustrações ou dos seus fracassos
No capítulo seguinte, você perceberá que não há' necessidade de impor a si mesmo
nenhuma tortura , penitência ou sofrimento para ter fé.
Descubra , por si mesmo , em que consiste a vitória, e viva vencendo.
POR ONDE COMEÇA A FÉ
Quase sempre, a fé começa a ser despertada por uma necessidade. Um problema difícil,
que não podemos resolver por nós mesmos e que precisa ser atendido com urgência, uma
doença séria , morte na família, ou uma insatisfação crescente conosco mesmos. Esses
fatores de opressão, que parecem organizados para nos destruir, constituem, muitas vezes,
a nossa grande oportunidade de perceber que existe, dentro de nós, a semente da fé,
esperando o nosso cultivo para se manifestar.
Uma das maneiras mais fáceis de se compreender isso, é através da história do homem que
foi pedir a Cristo para curar o seu filho:
Mestre, trouxe-te o meu filho que tem um espírito imundo. E este, onde quer que o
apanha, despedaça-o e ele espuma e range os dentes e vai-se secando. Eu disse aos teus
discípulos que o curassem, mas não puderam.
Ele respondendo disse: Ó geração incrédula ! Até quando estarei convosco? Até quando
vos sofrerei ainda ? Trazei-mo.
Trouxeram-lho; e quando ele o viu. logo o espírito o agitou com violência, e caindo o
endemoninhado por terra, revolvia-se espumando.
E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? Ele disse-lhe: Desde a
infância. Muitas vezes o tem lançado no fogo , e na água , para o destruir . Mas se tu
podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.
Jesus lhe disse : Se tu podes crer , tudo é possível ao que crê . E logo, o pai do menino, clamando com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor ! Ajuda a minha
incredulidade.
Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe:
 " Espírito mudo e surdo , Eu te ordeno : Sai dele e não entres mais nele. "
E ele , clamando , e agitando-o com violência , saiu e ficou o menino como morto. Mas
Jesus , tomando-o pela mão , o ergueu e ele se levantou. (Marcos 9:17 a 27 )
Aqui está o caso de um homem que precisava resolver um problema.
Ele não foi procurar Jesus porque desejava ter fé. Não era um sonhador, à procura de uma
ideologia, nem um interessado em acompanhar um sistema difundido de crença, mas um
pai , defrontando a realidade brutal de um filho incuravelmente enfermo.
Pelo que se deduz da narrativa, ele não vivia indolente , submisso ao destino, esperando
que acontecesse um milagre . Um homem que procura os discípulos, e depois que esses
fracassam, continua a sua procura, buscando o próprio Cristo, não é um conformista , não
vive tranqüilo , aceitando uma situação desesperadora .
 É possível que, antes de procurar os discípulos, ele tivesse procurado todos os possíveis
curadores credenciados e curandeiros excomungados da sua cidade e das adjacências. A
doença do filho não lhe parecia lógica, e ele não estava disposto a aceitá-la de braços
cruzados, sem uma reação positiva e definida.
Pode ser que no seu espírito, muito mais forte do que a esperança de cura do filho,
permanecessem várias dúvidas. Curá-lo como? Era muito bem sabido que não havia
remédio para aquele tipo de aflição. Pior do que isso Os "endemoniados ", segundo a
tradição, acabavam assim por causa das suas falhas e dos sues pecados. Ele, que talvez
conhecesse um pouco da história dos seus reis, lembrava-se com certeza, de que um
espírito mau começou a assombrar o rei Saul , quando o "espírito do Senhor" se retirou
dele. O rei tinha desobedecido a Deus, pecado, agido mal, e como resultado, acabou se
tornando uma presa desse espírito maligno.
Não seria assim também com o seu filho? E se o menino, doente desde a infância, não
pudesse ser culpado por esse capricho dos demônios, de se alojarem nos pecadores, de
quem seria a culpa? Ele sabia que Deus visita a maldade dos pais nos filhos até terceira e
Quarta geração. Ah! Os seus próprios pecados! E os das gerações inteiras que o
precederam - pai , avô, bisavô. Seria possível que o menino estivesse pagando por todos
eles?
Pensando nessas coisas, o homem talvez tivesse vontade de desanimar, de desistir, de
deixar que as coisas seguissem o seu rumo . Não era essa a tradição profética ? Não era
essa a vontade de Deus?.
Mas, à primeira tentativa de acomodação vinha um novo ataque, o filho novamente
atirando-se ao chão, contorcendo-se, sofrendo.
Não. Enquanto ele fosse vivo, teria de lutar para descobrir uma cura, embora crendo que
tal cura não existisse . E novamente voltava a procurar por toda a parte, alguém que pudesse salvar-lhe o filho.
De fracasso em fracasso foram se acumulando mais e mais dúvidas Mas enquanto lhe
restasse um fio de vida continuaria o não conformismo , a luta , a procura .
Quando lhe contaram dos milagres que Jesus e seus discípulos vinham fazendo ele se
preparou para procurá-lo também . É de se supor que depois de tantas prováveis
experiências sem resultado as esperanças fossem quase nulas Mas o dever de pai o impelia
a tentar tudo E ele talvez pensasse que correndo de um canto para outro, com o seu
menino doente , estivesse fazendo tudo o que podia fazer, e recebendo tudo o que lhe
poderiam dar de alívio , isto é , nada.
Havia agora mais uma obrigação a cumprir - procurar esse Jesus, que fazia milagres. Mas
e se começassem as perguntas ? Diziam que Jesus era um homem religioso, que falava
muito em perdão de pecados na hora das curas. E se ele resolvesse relacionar a doença da
criança com as faltas dos pais? Se lhe perguntasse a história da sua vida e dos seus erros ?
Essa história talvez, não pudesse ser contada na frente da multidão. Haveria falhas
relacionadas com pagamento de impostos, com fraudes, com mentiras , com roubos, e com
a quebra de vários mandamentos, que precisavam ser mantidas às ocultas, não só por
embaraço, como por medo de punição.
Seria melhor procurar os discípulos, que, menos perspicazes do que o Mestre, talvez
passassem por cima dessas coisas
De qualquer modo, ele se dirigiu primeiro aos discípulos, nada puderam fazer pelo
menino.
Novamente atribulado, provavelmente debatendo-se entre o senso de culpa e o medo do
olhar perscrutador de um lado , e da sua compaixão de pai pelo sofrimento do filho, do
outro, ele se chega a Cristo.
Quando começa a contar a sua história, expondo a incapacidade dos discípulos de curar o
filho, Jesus interrompe com uma censura: "Õ geração incrédula ! Até quando estarei
convosco ? Até quando vos sofrerei ainda ?"
Pode ser que, diante disso , o homem tivesse tido vontade de sair correndo. Será que a
geração incrédula" de que Jesus falava era ele ? Seria por causa de sua incredulidade que o
menino não fora curado ainda?
Mas antes que houvesse tempo de pensar em retirada , Jesus acrescentou: "Trazei-mo".
Não havia mais nada a fazer do que esperar. Esperar o interrogatório. preparar-se para
ouvir mais censuras, e talvez até para oferecer sacrifícios acima de suas posses. Mas nada
disso tinha mais importância, se houvesse um jeito de o menino ficar bom.
Não foi preciso entrar em detalhes sobre a doença. Tomado de novo ataque , o menino
caiu no chão, deixando claro qual a natureza do mal que o afligia.
Agora, naturalmente, viriam as perguntas: "Ha' quanto tempo lhe sucede isso ?" "Desde a
infância", respondeu o pai. " Muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o
destruir. Mas se tu podes fazer alguma coisa , tem compaixão de nós e ajuda-nos." Quem sabe se o homem esperava agora mais perguntas - " Você observa os princípios da
lei? Guarda os mandamentos ? Quem na sua família pecou , para que esse menino seja
doente ? Qual o seu passado ? Seus antecedentes ? Sua conduta atual ?"
Mas nada disso Jesus quis saber. A única pergunta feita , referia-se à duração do
sofrimento de ambos , única resposta em que Jesus estava interessado. Há quanto tempo
padeciam eles. Nada mais. Nem o nome ele perguntou. Nem do pai, nem do filho , pois
diante do sofrimento visível , que importância teriam todas essas informações ?
Não que Cristo estivesse passando por cima da lei , dos mandamentos , e da necessidade
de obediência. mas, em face do apelo desesperado do pai, tudo passava para segundo
plano. O problema estava ali, real, cruel, diante dos olhos - um menino surdo-mudo,
estrebuchando-se em contorções: "Se tu podes fazer alguma coisa , tem compaixão de nós
"
" Se " tu podes. Ele nem sabia se Cristo podia. Era apenas mais uma tentativa.
A resposta foi dada ao pé da letra. Ao " se tu podes fazer ", Jesus responde: "Se tu podes
crer ... tudo é possível ao que crê . A questão não era se Jesus podia fazer, mas sim se o
pai podia crer.
O pobre homem que provavelmente pensasse que , correndo de médico em médico, estava
fazendo tudo que podia pelo filho, talvez ficasse paralisado diante dessa condição. Se tu
podes crer ! Crer como, se toda a vida do filho fora uma sucessão de frustrações, à procura
de alívio? Crer em algo que nunca lhe acontecera, e que talvez nunca acontecesse?
Era isso que Jesus exigia dele? Com evidências se acumulando, pela vida afora, de que
cada nova crença redundava em nova desilusão? Por mais que desejasse crer, ele não cria
mesmo. Não podia crer, porque as provas eram todas contra ele, porque a crença que vai
de encontro à realidade dos fatos é uma alucinação. As lágrimas começaram a lhe correr
pelo rosto. Se a cura do menino dependesse de carregá-lo nas costas nas costas, até o
cume da mais alta montanha, de passar noites acordado para vigiá-lo nos seus acessos, de
vender tudo o que tinha, para comprar-lhe a saúde, ele o faria, de bom grado. Mas crer!
Crer como? Entre o desespero e as lágrimas, uma idéia lhe brilhou na mente. - Então, por
que é que você anda com esse menino de um lado para outro, procurando quem o cure? Se
você não crê mesmo que ele possa ficar bom, porque não se conformou ainda com o
sofrimento? Que força o conserva em ação contínua, procurando a cura? Que nome você
dá a isso ? Ansiedade? Obrigação? Revolta? Não - conformismo? Não. Isso não é nada
mais do que fé . Você não desistiu ,não se entregou, não foi vencido. Você crê. De
maneira precária , indefinida ,sem saber no que, nem como, nem por que, mas você
acredita em alguma coisa diferente da sua miséria.
Lançando mão desse pequeno raio de luz que fosforescera na sua mente, ele clamou:
"Senhor, eu creio!" E logo a seguir, sufocado de novo pelo peso das evidências, pela
confusão e pela dúvida: "Ajuda a minha incredulidade."
Foi o que bastou. Jesus não lhe perguntou mais nada. Nem no que ele cria, nem quanto
cria, nem como cria, mas passou logo a ajudá-lo.
O pai havia pedido primeiro: " Se tu podes fazer alguma coisa , tem compaixão de nós".  Ele fora procurar ajuda para o filho, mas o motivo da sua petição estava tão entranhado
no seu próprio ser que, na hora de suplicar pelo menino, ele se expressa no plural: Tem
compaixão de nós ".
 É quase sempre assim. As causas que nos levam a descobrir a fé são geralmente
inseparáveis de nós mesmos. Do contrário, seria provável que nunca nos movêssemos à
procura de uma solução para o nosso problema da descrença .
Na sua falta de fé, o pai suplicara apenas: " Se tu podes fazer alguma coisa." Qualquer
auxílio bastava, para o seu coração amargurado. Mas Jesus atendeu regiamente ao pedido.
O menino ficou bom, e além disso o maior milagre se operou no pai. Ele se aproximara de
Jesus com uma dúvida e um pedido por ele e pelo filho - "se tu podes - ajuda-nos", e
separou-se dele com uma afirmação e uma súplica por si mesmo: "Eu creio - ajuda a
minha incredulidade." Foi a doença do filho que o levou a descobrir a sua necessidade de
crer. E foi a condição exigida por Cristo que o fez compreender que cria.
Descobertas como essa ocorrem, quando nos servimos do instrumento que nos tortura? e
procuramos uma solução para as nossas aflições. O problema, em si, como foi o caso do
menino, pode facilmente ser confiado a Cristo. Mas o mal verdadeiro, aquele para o qual
precisamos de assistência e que está dentro de nós mesmos, é o medo de não podermos
crer. Cristo nos chama a atenção imediata para o fato, mostrando-nos que a crença se
revela também pela persistência da dúvida, pela insatisfação, pela angústia e pelo vazio
que nos causa a falta de fé, quando só o que podemos dizer é "Senhor eu creio. Ajuda a
minha incredulidade .
Quais são os seus problemas? Quais os seus os sofrimentos? Quais as suas aflições?
Quando eles o atormentam, a sua fé, ainda latente, está clamando por uma oportunidade
para ser ativada, e para libertá-lo, juntamente com o seu mal , do demônio da insatisfação
que não lhe dá tréguas.
Reuna as suas preocupações, as suas angústias, as suas dúvidas, os seus tormentos, e com
tudo isso em mente, clame ao seu Deus: "Senhor, eu creio! Eu creio que não sou feliz com
essas torturas que me perseguem .Eu creio, na minha constante insatisfação , que essa
forma de vida não me contenta. Ajuda a minha incredulidade. Mostra-me como se pode
crer.
Quando você vai à procura de Deus, ele, que já iniciou a necessidade dessa procura por
meio da sua inquietação, também vem ao seu encontro. Procure-o e ele o procurará .
Não hesite em importunar a Deus com a sua súplica. Dirija-se a ele todas as vezes que a
sombra de um pensamento ansioso, irritante, deprimente ou opressivo se aproximar do seu
espírito. Espante-o depressa. Concentre o pensamento em Deus, que o está ajudando a
vencer. Clame , em voz alta , ou mentalmente: "Senhor, eu creio! Ajuda a minha
incredulidade."
Afirme a sua crença, embora sabendo ser ela, inicialmente, pouco mais do que uma grande
dúvida. Deus o auxiliará, sem fazer perguntas, sem pedir credenciais nem folha corrida.
Ele sabe que você está enfrentando uma realidade dolorosa, e quer libertá-lo, não só do
seu problema do momento, mas de sua infelicidade genérica, resultante da falta de fé.
Ele o ajudará, não apenas fazendo " alguma coisa " , não tratando só do caso que o leva à sua presença, mas cuidando de tudo o que precisa ser feito para que você alcance vitória
sobre vitória na vida.
Comece hoje a crer. Comece a procurar freqüentemente a Deus, com a sua prece: "Senhor,
eu creio. Ajuda a minha incredulidade", e ele virá ao seu encontro para fazê-lo vencer.


SUAVE E LEVEMENTE
A trajetória a lhe ser sugerida , na conquista da vitória , não se compara , exatamente , a de
um passeio tranqüilo por alamedas floridas , mas nada tem de opressiva ou aniquiladora.
Serão necessários cuidado , atenção e , por vezes , diversas tentativas , mas quando se
começa a caminhar na direção da fé , até os erros e os fracassos se transformam em
estímulos , porque nos ensinam várias maneiras de " não fazer " o nosso trabalho.
A medida que se avança, as alegrias produzidas pelas vitórias conquistadas começam a se
multiplicar rapidamente , enquanto nos convencemos de que a jornada é , acima de tudo ,
um prazer e um privilégio.
Para que essas sugestões não pareçam sem fundamento , vamos ver de onde se deduz que
o aprendizado de uma vida de vitórias é suave e pontilhado de alegrias.
 No Evangelho de Mateus , capítulo 1 , versos 28 a 30, encontramos estas palavras de
Jesus: "Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração , e
encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é
leve."
Cristo estava falando sobre alívio aos cansados e oprimidos. Cansados de fracassos ,
oprimidos por cargas pesadas demais. Logo a seguir , como que completando a idéia , ele
acrescenta : " Tomai sobre vós o meu jugo ."
Ora , tomar sobre nós um " jugo .", é precisamente a coisa que não desejamos . Se a luta é
para nos libertarmos de vários jugos que nos atormentam , vamos agora nos colocar
debaixo de mais um ?
Contrapondo-se novamente à nossa agressividade, ele insiste: "Aprendei de mim , que sou
manso e humilde de coração . "
Se estamos à procura de alívio para os nossos fracassos , se desejamos nos. libertar do
cansaço e da opressão das nossas frustrações , só ha' um caminho - colocarmo-nos
mansamente , na posição humilde de quem deseja aprender.
Convém não confundir essa atitude com fraqueza , ignorância , ou incapacidade. Ser
humilde é traço característico dos indivíduos capazes e bem formados. Os supercríticos,
que já sabem tudo e se irritam , se forem convidados para exercer qualquer função que não seja a de doutrinar , são reconhecidamente inferiorizados e cheios de frustrações.
Fazendo-nos humildes , nem que seja momentaneamente, estaremos nos colocando na
estrada do aprendizado , que leva à vitória , pelo descanso obtido para as nossas almas , e
pelo alívio encontrado para as nossas derrotas.
Na parte final do texto , aparece o apelo mais direto, a frase motivadora da ação: " Porque
o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." Desconfie sempre das cargas que pesam como
chumbo e dos fardos tremendamente incômodos. Cristo nos diz que " O meu jugo é suave
e o meu fardo é leve". Qualquer jugo e qualquer fardo com outras características, tem
origem em outra fonte.
Prepare-se para aprender dele , submetendo-se a um jugo suave , cujo único propósito é
mante-lo na disciplina da trilha certa , evitando desvios perigosos para a esquerda e para a
direita. É um fardo leve que ele o fará carregar , ensinado-o a vencer na vida, pelo poder
da fé.
Com isso em mente , prepare-se agora para enfrentar os seus maiores inimigos , esses
mesmos que o amarram numa trama contínua de fracassos , forçando-o a carregar nas
costas um peso maior que o mundo inteiro , e aprisionando-o no jugo de aço da opressão.
Enfrente-os um a um. A parada é pequena , mas poderosa : o medo , a raiva , a
preocupação consigo mesmo, a paralisia , a insatisfação.
As meditações que se seguem estão divididas em cinco partes , relacionando-se cada uma
com um dos agentes acima indicados. A divisão , dentro dessas partes , acompanha as
ramificações mais freqüentemente apresentadas, para torturá-lo , dentro de cada um desses
setores.
Agora, com o pouco de fé que você conseguiu despertar no seu espírito , e compreendendo
que o processo é leve e suave , comece a agir. Aniquile um a um os fatores que vêm
procurando fazer de você um fracassado .
Você nasceu para vencer. Essa é a sua natureza. Por isso, viva vencendo.


VENÇA O MEDO
VENÇA O MEDO DO MEDO
Do que é que você tem medo?
De nada , naturalmente. Medo é assunto para criança , e você, como adulto ,está pronto a
afirmar que não teme coisa alguma.
Mas pense um pouco. Não é preciso responder em voz alta, e ninguém precisa ouvir, porque a resposta só interessa a você.
De que é que você tem medo ? Do que está ao redor de você , ou do que está dentro de
você?
É muito provável que o medo que você tem das coisas externas , seja , apenas , um
resultado do pavor que lhe causam os seus próprios sentimentos. No fim das contas, você
tem medo de ter medo.
Mas chega de falar sobre o medo, e sobre o medo do medo. O que importará é saber o que
se faz , quando o medo invade o espírito, ou o que se pode fazer para evitar o
amedrontamento.
Há um meio seguro de deslocar o medo dentro de você. Simplesmente elimine qualquer
idéia medrosa ou tímida , substituindo-a por pensamentos que injetem coragem no
espírito.
Para isso, você não precisa avançar muito. Os remédios mais eficientes para combater o
medo datam de milhares de anos. Um deles está na fórmula prescrita a Josué, que deveria
substituir o grande Moisés na liderança do seu povo.
Deus teve uma conversa preliminar com esse homem e, sabendo do medo que
provavelmente se apossava dele, ao receber uma incumbência acima de suas forças,
afirmou: "Ano temas nem te espantes, porque eu, o Senhor teu Deus sou contigo, por onde
quer que andares."
Essa fórmula é eficiente , mas precisa ser usada.
Você pode perguntar: "Usada como?" Assim : quando a primeira sombra de um
pensamento medroso se insinuar na sua mente, ataque depressa, do mesmo modo que você
corre à farmácia para tomar uma injeção contra aquela gripe que parece que está
começando.
Repita em voz alta, se for preciso: "Não temas , nem te espantes, porque eu o Senhor teu
Deus sou contigo , por onde quer que andares."
No caso da gripe, você insiste no tratamento , mesmo que os sintomas não se
multipliquem , porque você sabe que não se debela qualquer doença com uma injeção
apenas. Você continua tomando injeções, engolindo aspirinas , chupando pastilhas ,
pingando gotas no nariz, duas, três, quatro ou dez vezes por dia , não continua?
Pois bem . O medo é mais sério do que a gripe. E , mesmo que você seja dessas pessoas
que ano dão confiança para gripes, há de admitir que o medo precisa ser tratado. Para isso,
faça uso doseu remédio várias vezes por dia.
Mesmo que os pensamentos de medo , isto é , os sintomas de sua doença , não o assaltem
a toda hora , continue a tratar-se. Previna-se contra eles e esforce-se por destruí-los ,
saturando a mente e o espírito com a verdade contida nesta afirmativa: "Não temas nem te
espantes, porque eu, o Senhor teu Deus sou contigo, por onde quer que andares."
Qualquer que seja a natureza do seu medo - medo de doença , de desemprego , de assumir uma responsabilidade grande demais , de se indispor com outros, de fracassar, de perder o
que possui - procure tratá-lo com esta fórmula. Repita quatro , cinco , seis , dez vezes por
dia a promessa que Deus fez a Josué , e que ficou registrada para uso de todos aqueles que
desejam vencer na vida: " Não temas nem te espantes porque eu , o Senhor teu Deus sou
contigo, por onde quer que andares." Medite no conteúdo dessas palavras, e lembre-se de
que tal remédio contra o medo só faz efeito quando usado , isto é, quando incorporado ao
seu espírito, pela compreensão , pela absorção e pela repetição , que fixa de uma vez por
todas a promessa em sua mente.
Não trate as palavras de Deus como curiosidades históricas , dignas de figurar num museu
, nem como literatura obsoleta , poética ou legendária . Faça uso delas , hoje , agora , e
observe os resultados.
Cure-se do medo impregnando o espírito de fé na promessa que lhe foi feita.
"Não temas nem te espantes , porque eu , o Senhor teu Deus sou contigo, por onde quer
que andares".
Viva corajosamente. Viva vencendo.

VENÇA A CAUSA DO SEU MEDO
Você continua com medo? Apesar de repetir várias vezes " Não temas nem te espantes
porque eu , o Senhor teu Deus sou contigo por onde quer que andares", conforme lhe foi
sugerido, você continua assustado, inseguro duvidoso e incapaz de crer que Deus esteja
mesmo com você ?
Então penetre mais um pouco no assunto , para ficar sabendo por que as coisas não
mudaram. A razão pode ser a mesma que ocorre com muita gente
Quando as palavras citadas foram ditas a Josué, que tinha razões suficientes para se
amedrontar diante das responsabilidades que o esperavam , algo de muito importante
também foi acrescentado: "Esforça-te e tem muito bom ânimo, para teres o cuidado de
fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou. Dela não te desvies nem para
a direita, nem para a esquerda."
Se você não está prosperando no caminho da conquista do medo, talvez a razão esteja ai.
Deus nos deu uma lei de conduta, mostrando-nos aquilo que devemos e não devemos
fazer. Essa lei não é inventada, mas representa exatamente a restrição de práticas que, por
serem contrárias à nossa natureza. acabam por nos infelicitar e destruir.
A lei ficou condensada nos dez mandamentos, lá bem conhecidos de quase todos: Não
terás outros deuses diante de mim, não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão,
lembra-te do dia de sábado para o santificar, honra a teu pai e tua mãe, não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não cobiçarás.
Na conquista do medo, Deus nos ajuda a vencer tal fraqueza ,mostrando que o desvio de
qualquer parte da lei , tanto para a esquerda como para a direita , está relacionado com o
amedrontamento.
O indivíduo que tem para si muitos deuses , incluindo a ambição , a fama , o dinheiro e
outros ; que transforma em ídolos as suas próprias obras ; que se serve do nome do Senhor
para cobrir os seus interesses ; que mente , furta , adultera , cobiça ou destrói o próximo
pela calúnia , vive com medo.
Esse tipo de medo não desaparece com a repetição de versículos bíblicos Você pode
repetir o dia inteiro: "Não temas nem te espantes , porque eu , o Senhor teu Deus sou
contigo", que o medo não passa. Ao contrário .Aumenta porque Deus não pode lhe dar
descanso enquanto os seus caminhos estiverem errados. Mas desde que você o esteja
buscando, ainda que seja apenas pela repetição de palavras , não tenha dúvidas que ele
estará "com você", manifestando-se pela intensificação do medo , fazendo mais nítida a
sua insatisfação, trazendo à baila os seus tormentos.
A depressão que você vem sentindo desde que começou a lutar contra o medo não é um
sinal de que Deus não o ouve, nem de que as promessas bíblicas são vãs. Indica apenas
que Deus está atendendo ao seu desejo sincero de se livrar do medo , e começa agora, pela
insatisfação que você experimenta , a mostrar-lhe o caminho certo para a cura
Se você quer se ver livre do medo , não hesite um momento . Veja bem onde estão os seus
erros.
Encare de frente os desvios que você vem tomando , para a direita ou para a esquerda , da
lei do Senhor. Se você não conhece os mandamentos , a sua própria consciência lhe
servirá de guia. Não é preciso que ninguém lhe aponte as suas faltas. Você sabe quais são
elas.
 Resolva mudar. Peça a Deus a força e a graça de que você necessita para a vitória , e ele ,
que está com você em todos os seus caminhos , o atenderá depressa e com alegria
Corrija os seus erros. Dê o primeiro passo na direção certa e você verá como se torna fácil
livrar-se do medo.
Tenha coragem. Viva dentro da lei de Deus , e ele o ajudará a vencer as suas faltas.
Conserve em mente o versículo - do capítulo primeiro do Livro de Josué: " Esforça-te e
tem muito bom animo , para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo
Moisés te ordenou . Dela não te desvies nem para a direita, nem para a esquerda."
Obedeça às instruções , e viva sem temores. Viva vencendo.


VENÇA O MEDO PARA SEMPRE Se você vem conquistando algumas vitórias sobre o medo, com toda a certeza há de querer
dominá-lo definitivamente.
A maneira de realizar esse desejo foi prescrita na grande lição que Deus deu a Josué sobre
a derrota do medo: " Não se aparte da tua boca o livro desta lei. Antes medita nele dia e
noite."
Se você quer livrar-se do medo de uma vez por todas, comece a ler a Bíblia, que é a
palavra de Deus, e que contém a sua lei. Procure associar-se com pessoas que tentam viver
de acordo com as prescrições divinas , para ficar conhecendo melhor as aplicações desses
ensinos.
Deus recomenda que não se aparte da " tua boca o livro desta lei." Falar sobre a palavra de
Deus, repetir os seus conselhos , gravar na mente as promessas pela menção das mesmas,
constituem grandes tônicos para se manter o espírito alerta e destemido.
 Mesmo que a influência da sua conversa sobre os outros não seja decisiva, a
compreensão do assunto se tornará muito mais aguçada , no seu próprio espírito. Portanto,
não se aparte da sua boca tudo aquilo que você aprender sobre a lei de Deus.
 Além de falar sobre essa lei , pense nela continuamente. Em vez de pensar nos seus
temores , pense nas promessas que Deus nos faz . "Medita" nessas coisas "de dia e de
noite". Meditando na palavra de Deus , você poderá falar sobre ela sem aborrecer os seus
amigos, e sem se tornar importuno. A meditação lhe dará o bom senso necessário para
orientá-lo nas suas falas. Medite na lei de Deus durante o dia , quando tudo é claro,
quando todas as coisas tendem a ofuscar a luz da palavra divina, e medite de noite ,
quando os temores sombrios se insinuam na sua mente. Firme o espírito em todas as horas
, na palavra divina. "Então farás prosperar o teu caminho" na conquista dos temores que o
afligem.
 A mensagem de Deus , a respeito do medo , termina com um apelo: "Não te
mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo. Não pasmes nem te espantes, por Senhor teu
Deus é contigo , por onde quer que andares ."
 O Senhor é quem manda, por isso coragem, bom ânimo e confiança. A vitória é sua. "O
Senhor teu Deus é contigo".
 Não há medo nem temores para os que se apegam as promessas de Deus, para que os
que andam nos seus caminhos , para os que meditam na sua lei e se empolgam por ela .
O medo é , sem duvida, uma das mais fortes e poderosas emoções. Mas , muito mais forte
do que o medo , capaz de arrastá-lo e destruí-lo completamente , é a fé .
A vitória sobre o medo é a vitória da crença.
Para que você esteja sempre munido de um bom escudo , forte bastante para aparar todas
as setas envenenadas do medo, leia várias vezes os primeiros versículos do capítulo
primeiro do Livro de Josué , na Bíblia.
Se , pela repetição a memorização , você se tornar ágil bastante para se defender
rapidamente dos ataques do medo , fazendo uso do seu escudo , o inimigo tradicional da sua paz não conseguirá feri-lo nunca mais.
Quando vier o primeiro ataque na forma de uma dessas perguntas - como é que eu vou
pagar as contas do fim do mês, ou me tratar desta doença, ou suportar tal situação.
defenda-se imediatamente, com o seu escudo: "Não temas nem te espantes porque Eu , o
Senhor teu Deus sou contigo, por onde quer que andares."
Fortaleça a sua defesa com mais estes versículos:
"Como fui com Moisés, assim serei contigo. Não te deixarei, nem te desampararei"
"Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que eu jurei a seus
pais, lhes daria."
"Tão somente esforça-te e tem muito bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme
toda a lei que meu servo Moisés te ordenou. Dela não te desvies, nem para a direita nem
para a esquerda , para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares ."
"Não se aparte da tua boca o livro desta lei , antes medita nele dia e noite , para que tenhas
cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito. Porque então farás prosperar o
teu caminho, e então prudentemente te conduzirás."
"Não te mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo."
"Não pasmes nem te espantes , porque o Senhor teu Deus é contigo , por onde quer
andares."
Se você deseja mesmo viver sem medo , cultive a fé e viva vencendo


VENÇA O ÓDIO
EXPERIMENTE UM JEITO MAIS FÁCIL
Como é que você resolve os seus problemas?
Se você é desses chefes de família, gerentes de escritório , mães turbulentas , etc. , que
sempre dão conta dos seus recados acarretando uma verdadeira tempestade ao redor de si ,
talvez convenha lembrar-se de que existe um modo menos exaustivo de realizar com
eficiência o seu dever.
O indivíduo que explode , berra , dá murro na mesa , fica rubro de cólera, e quando o
vermelhão começa a desbotar caminha com passadas de ferro pela casa , para manter-se
em purpúrea ebulição por mais algum tempo , quase sempre consegue que o almoço saia
na hora no dia seguinte , que o filho chegue a casa antes das 3 , ou que a mulher deixe de
fazer extravagancias nas compras por alguns dias. Quebração de pratos , bateria de portas e outras manifestações de ira , quando
devidamente acompanhadas de impropérios escolhidos , estertores e estrebuchamentos ,
também dão os resultados pretendidos, tais como fazer terminar um trabalho na metade do
tempo normal, arrancar dinheiro de alguém para a compra de qualquer coisa
desnecessária, ou conseguir umas férias.
Mas a técnica , em qualquer um dos casos imaginados , é semelhante à do emprego de
algumas metralhadoras e vários pentes de balas , na caça de um tico-tico.
Os que se ocupam em orientar o próximo no sentido de uma vida melhor, com um
máximo de aproveitamento e mínimo de desperdício de energias , batem e rebatem a
mesma tecla ; as manifestações de raiva , sob qualquer das muitas formas caprichosas com
que se apresente - gritaria , gesticulação, pontapés nas cestas de papel , jogadas de tinteiro
e outras, constituem sintomas de imaturidade. Não só de falta de controle ou de péssimo
gosto , mas de imaturidade o que é algo bem mais sério quando há adultos envolvidos.
A criatura que desde criança foi acostumada a conseguir o que queria por meio de cenas ,
ou que aprendeu na escola materna ou paterna , que a maneira natural de obter resultados é
pela fúria , raramente consegue livrar-se desse estigma da sorte. Não porque não possa ,
nem porque seja muito difícil libertar-se , mas porque nem sequer lhe ocorre que exista
algum outro meio de conseguir os seus propósitos.
Os acessos de ira acolchoam o viciado , envolvendo-o numa sensação de valentia que faz
muito bem para o seu ego , apesar de acabar com ele. Não era assim que procediam os
seus pais ? Os seus mestres ? Os seus modelos ? Então , todo esse mal-estar que naturalmente se segue às explosões , só pode ser o preço da glória , que todos os seres humanos
têm que pagar pelo privilégio da superioridade.
O infeliz sofre, aniquila-se, rala-se até os ossos , mas cresce no conceito de si mesmo.
Acredita sempre que é um vencedor. Patético, ridículo, exausto, mas vencedor.
A Bíblia , com mais falta de cerimônia , e menor diplomacia do que os psicólogos , dá o
nome certo às coisas , explicando sem rodeios: " O tolo encoleriza-se e dá-se por seguro."
 ( Prov. 14.16 ).
O colérico dos nossos dias tem-se na conta de tudo , menos de tolo. Mas a ira é , na
realidade , uma grande tolice.
Tudo o que se pode obter pela ira , consegue-se sem ela , em proporções muito maiores.
O desgaste físico e emocional de um acesso de raiva acaba literalmente com a pessoa. A
energia gasta em três minutos de explosão daria talvez para produzir algo de útil durante
uns três dias.
A sensação de isolamento que se segue a um acesso de cólera é uma das experiências por
que passam todos os explosivos , que em geral vivem com medo de acabar sozinhos. Mas
não é preciso sofrer tal pânico. Os coléricos não acabam nunca a sós. Cedo ou tarde ,
descobrem-se continuamente cercados pelos seus remorsos , frustrações , inferioridades ,
angustias e outras aflições , que constituem algumas das mais persistentes companhias. A ira pode perfeitamente ser dominada. Para isso é preciso reconhecê-la como um defeito
, tirando logo da mente qualquer ilusão de que ela possa trazer consigo algum benefício.
Acessos de cólera apresentam sintomas de imaturidade , de criancice , e não de grandeza
ou de força. A ira é uma emoção que só pode servir para atrapalhar o seu bom raciocínio ,
se você permitir que ela entre no quadro dos seus pensamentos.
Também é necessário compreender que o mecanismo dos coléricos está condicionado a
disparar diante de qualquer situação que poderia ser bem resolvida com uma cabeça fria.
Não se consegue alterar esse hábito antigo sem determinação e cuidado. Se você é dado a
crises de raiva. Quando começara perceber que vai estourar , use a cabeça depressa.
Em Provérbios 14.17 há um bom estimulante para congelar a raiva e pôr o cérebro em
funcionamento . Decore este texto em tempos de calma , e na hora de ira , atire-o contra o
inimigo da sua paz: "O que presto se ira fará doidices." Repita mentalmente esse texto e
observe como o ódio se dissolve depressa , libertando a mente para um raciocínio claro e
normal.
Nenhum de nós deseja ser tolo e muito menos cometer doidices. Basta dar ouvidos aos
ensinamentos da Bíblia e esses comportamentos indesejáveis serão evitados.
Assim que for vencido o impulso do primeiro disparo de gritaria , recorra depressa ao
próximo versículo , que também deverá ser incorporado ao seu espírito antes da hora
estratégica: "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira"
(Prov. 15.1). Use então o seu engenhoso cérebro e procure a "resposta branda". a palavra
amena e suave , que se derramará como água fria sobre a sua fervura , e sobre a de quem
está causando a sua raiva.
Você não precisa passar o resto da vida como escravo de sua infância , de uma educação
defeituosa , de mais isso ou aquilo que o levou a ter esse gênio.
A Bíblia lhe oferece uma cura certa , simples o sem rodeios.
Recondicione o seu espírito para agir com calma e não com rancor , nas situações difíceis.
A mudança total pode demorar um pouco , mas você se verá avançando dia a dia , na
estrada do progresso. Por isso , não desanime.
Decore estas três passagens. Sature com elas a mente , e tenha a certeza de que da próxima
vez , você não vai mais estourar:
" O tolo encoleriza-se e dá-se por seguro."
" O que presto se ira fará doidices."
" A resposta branda desvia o furor."
Viva controladamente. Viva vencendo
VENÇA A INDIGNAÇÃO
Se você é desses que conseguem permanecer imperturbáveis , pairando acima de misérias
, desmandos e desatinos de toda a espécie , pode se colocar na categoria dos super-homens
e esquecer este capítulo.
Mas, se como quase todos nós , um inferno de emoções começa a ferver dentro de você,
quando injustiças se sucedem a injustiças então quem sabe se considerações o ajudarão a
enfrentar o problema.
Há , no livro de Salmos , uma direção muito clara para se seguir , na hora da revolta " Não
te indignes por causa dos malfeitores " ( Salmo 37.1).
A primeira vista , a sugestão é semelhante à de se insinuar que um indivíduo , com a
cabeça dolorida , não tenha mais dores de cabeça.
A indignação , na medida dos nossos conhecimentos , é a resposta normal , quase reflexa ,
que acomete qualquer criatura de bom senso e de um pouco de fibra , diante dos
desmandos praticados no comércio , na industria , na política , na sociedade , na religião e
em todas as esferas. Vir aconselhar a um indivíduo indignado que não se indigne , só pode
ser atitude de quem não entende nada do assunto.
Mas , penetrando com mais calma na nossa própria indignação , começamos a perceber
várias coisas. Primeiro , que ela não resolve nada.
Procure relembrar tudo o que você já conseguiu pela indignação. Se chegou mesmo a
alcançar os seus objetivos , foi à custa de muita briga, de muito desgaste , de insônias ,
ruminação de ódio e outras coisas , que quase aniquilaram o valor do grande prêmio pelo
qual você lutava. E no fim , mesmo vencendo , você não estava convencido de que havia
vencido , em vista das inimizades criadas , do aniquilamento de si mesmo , que o deixou
cinco ou dez anos mais velho , doente e cansado, e do veneno infiltrado no seu espírito,
que o transformou num verdadeiro espantalho para todos os que se aproximavam de você ,
a começar da família. Analise com cuidado as suas vitórias da indignação e , com toda a
sinceridade diga a si mesmo se valeu a pena , ou se teria sido melhor resolver o problema
por outro método.
Aqui passamos para outro ponto. Que outro método ? Não existe outro método. Deixar a
especulação e a injustiça medrando livremente , quando o seu esforço poderia suster a
mancha da degenerescência ? Por essa e mais outras é que muita gente não quer saber de
religião. Cruzar os braços é atitude dos fracos , dos dependentes , dos que não sabem
resolver nada por si , e em conseqüência disso , abaixam a cabeça diante do inevitável ,
revestindo-se de auréolas de glória humilde e resignação .
Este ponto se torna bem claro , no próprio salmo 37 "Não te indignes por causa dos
malfeitores.. . pois eles em breve definharão como a relva."
Tudo o que nós desejamos fazer , pela nossa indignação , pelo nosso ódio , pela nossa
raiva , que nos parecem perfeitamente justificáveis será feito sem o nosso esforço , de
maneira perfeita e total , que as nossas emoções descontroladas nem nos permitem imaginar. Deus se encarrega disso. Se houver uma parte para nós , a ser representada no
processo , ele nos fará saber com clareza que parte é essa , e como nos compete exercê-la.
Mas não será com indignação que iremos executá-la.
Experimente , parar uns momentos , no meio da sua fúria , e pedir a Deus que o oriente
sobre o que fazer , ou sobre o que não fazer. É provável que ele lhe mostre algo a ser
realizado por você , mas o que ele lhe mostrar há de caracterizar-se pela ausência absoluta
de ódios e animosidades da sua parte. Para fazer justiça é preciso uma cabeça fresca , e
não miolos esquentados pelas emoções. Se você não consegue chegar a esse ponto , é
muito provável que a melhor cooperação que você tenha a prestar no caso , seja não fazer
coisa alguma , concentrando-se em preservar o seu espírito da destruição causada pelo
furor. Não há outras pessoas procurando resolver o problema , que agem com mais sangue
frio do que você , nas suas tormentas emocionais? Se houver , Deus pode trabalhar por
meio delas , muito melhor do que por seu intermédio. A sua interferência só vai
atrapalhar.
A inércia , nesse caso , não é falta de interesse , nem indolência , mas sim a prova do
absoluto controle de que você é capaz , com o auxílio do seu Deus. Ele quer poupar-lhe
um desgaste nocivo e desnecessário. Deixe-o cuidar do problema. Tudo será reajustado a
seu tempo, inclusive você. E enquanto isso, leia o Salmo 37 várias vezes, para que as suas
emoções não peguem fogo novamente.
 Você não precisa ficar parado até que as coisas se resolvam , mas , conforme está
escrito no versículo 3 , " confia no Senhor e faze o bem " Não perca tempo com o caso que
o aborrece , que esse já está resolvido. O importante aqui é fazer uso da sua revolta para
conquistar mais uma grande vitória sobre si mesmo- O triunfo sobre a indignação . Espere
" confiando no Senhor e fazendo o bem." Há muito bem para ser feito e que ficará por
fazer , se você se perder em indignações a tentação tende a voltar , repetidamente ,
insinuando com veemência que você tome a luta nas próprias mãos , mas depois de
experimentar uma vez o domínio da indignação pela confiança em Deus e não pela
frustração da inércia , você saberá , no íntimo do seu coração , que esse é o caminho certo.
 Continue confiante , continue fazendo o bem , e com isso não lhe restarão
tempo, nem energias para se aniquilar e se destruir com ódios e rancores. Leia o Salmo 37
todas as vezes que a revolta ameaçar suborná-lo. Resista com firmeza , e você verá como
se torna cada vez mais fácil essa conquista. Experimente. Vença a indignação .Viva
vencendo.

VENÇA A IRRITAÇÃO
Não há quem ignore que o amor ao próximo seria a solução de quase todos os problemas ,
nas relações humanas. " Sabemos " , mas raramente conseguimos por em prática a nossa
sabedoria.
Quando o telefone , o rádio e a campainha tocam ao mesmo tempo , acompanhados de
vozerio de crianças e , barulho de louça na pia , a reação é a mesma que se tem numa sala
com quatro máquinas de escrever e duas de somar funcionando ao mesmo tempo , enquanto a telefonista insiste em tilintar um chamado que não podemos atender , porque precisamos descobrir onde está a diferença no relatório financeiro , que a ineficiência do
contador não encontra, tudo isso enquanto dois vendedores esperam , diante da mesa , o
pedido que deveria ter sido feito ontem.
Gostaríamos de nos manter calmos , equilibrados , tratar com todos amistosamente , e
chegar ao fim do dia em paz com a humanidade. Mas parece que os seres humanos , em
vez de existirem para se tornarem amados , foram feitos para nos irritar.
A telefonista nos irrita porque insiste no chamado que ela não sabe que não podemos
atender , os vendedores nos irritam , porque são impertinentes e não querem garantir a
entrega , se atrasarmos mais uma semana em completar o pedido. As datilografas nos irritam porque escrevem depressa demais e fazem muito barulho com a máquina , os
calculistas nos irritam porque aumentam o barulho geral para obter os seus totais , que , se
fossem mais inteligentes , poderiam calcular de cabeça , e o menino de entregas , que está
sentado perto da porta , nos irrita porque permanece imperturbável no meio de toda essa
irritação.
A mesma história do padeiro que bate a campainha enquanto o telefone toca porque um
colega de uma das crianças esqueceu de copiar as perguntas de Geografia , ao mesmo
tempo que a empregada bate um compasso alucinado com os pratos e os meninos se
atracavam no corredor por causa do vaga-lume que um achou e outro prendeu na caixa de
fósforos na noite passada , e do qual cada um quer ser o dono.
Todos nos irritam . E o pior é quando a irritação se torna crônica , acompanhando-nos em
circunstâncias nas quais , se não fosse a prática de uma irritabi1idade contínuas ,
deveríamos reagir prazerosamente.
Veja , por exemplo , a sua irritação contra os amigos que você teve que visitar , e que
passaram a maior parte do tempo envenenando o espírito de todos com críticas à economia
, ao governo e ao povo em geral. Teria sido uma noite agradável se você , em vez de se
irritar , tivesse procurado rebater o pessimismo deles com um pouco de entusiasmo ,
impedindo que todos saíssem de lá esmagados pelo quadro negro que foi pintado durante
duas horas. Mas você não conseguiu fazer mais nada do que lutar contra a sua irritação
crescente , para que não explodisse de maneira desastrosa , perturbando as suas relações
com esses amigos.
O que existe , em todos esses casos de fricção excessiva , é desgaste de peças com
produção exagerada de aquecimento das partes em atrito , o que só serve para prejudicar o
funcionamento da máquina.
Para resolver esses problemas de fricção , em geral , basta lubrificar o mecanismo.
Uma certa mistura dos óleos de amabilidade , da compreensão e da cortesia poria à
 sua irritabilidade . Por que é que você não
experimenta ver , nas suas datilógrafas ou empregadas , criaturas que precisam ganhar a
vida , e não procura lubrificar a máquina de cada uma , sujeitas às mesmas fricções que a
sua , com uma palavra amável .
Por que é que você não encara o padeiro , os vendedores e todos os que lhe fornecem
aquilo de que você precisa , como seus companheiros na corrida das competições , e não
para um minuto para encorajá-los na luta? Em trinta segundos você pode sorrir para o menino de entregas ou perguntar às crianças se
não seria melhor soltar o vaga-lume da caixa de fósforos, que afinal não é residência
adequada para um inseto luminoso. Dá até para uma lição objetiva de moral , se você tiver
coragem de despender mais trinta segundos.
Não há outro meio de vencer a irritação. Armazene um estoque de óleos lubrificantes ,
para a sua própria máquina , e distribua-os generosamente por todas as engrenagens ao seu
redor , para facilitar o funcionamento e impedir atritos.
No Livro de Provérbios está escrito que " o amor cobre todas as transgressões. " Faça uma
experiência , que é a mistura da amabalidade , da compreensão e da cortesia , lubrifique a
sua vida , e distribua com os outros fartas porções desse remédio milagroso.
Viva sem atritos. Viva suavemente. Viva vencendo.

VENÇA A CRITICA
Outro dia ouvi a conversa de um produtor de cinema nacional , que tem capacidade ,
parece competente , mas , segundo diz não pode fazer nada , porque o governo não ajuda.
Basta ligar o rádio , a televisão , ou abrir o jornal , para se encontrar o eco dessa queixa ,
vibrando nas frases de inúmeros indivíduos que se sentem frustrados porque " os que
podiam ajudar não ajudam ."
Esse hábito de por a culpa nas autoridades é um tanto esquisito. A crítica negativa é
manifestação de ódio , de irritabilidade. Por que é que o governo deve ser responsável por
tudo o que não se faz nesta terra ?
Para quem ainda não se libertou da dependência dos outros , o governo constitui um
excelente bode expiatório. Não fica bem a adultos queixarem-se de que não produzem
nada , ou produzem muito pouco , porque não conseguem atacar nenhum problema com
os seus próprios recursos. Quando a culpa é transferida para o governo ou para qualquer
outra autoridade , o processo se dignifica , tornando o fardo da limitação própria menos
reconhecível , e por isso mais fácil de suportar.
Com a pratica, os queixosos, em geral, acabam acreditando no que dizem, e quanto mais
acreditam , mais amarrados ficam , até que a paralisia passa a dominar todas as suas
tentativas de ação. As críticas vão se tornando cada vez mais acerbas , envolvendo
números maiores de responsáveis. Os colegas começam a não ter caráter , os empregados
se transformam em exploradores , os chefes são ladrões , assim por diante.
Nesse estado lamentável de críticas e recriminações contra tudo e contra todos , criaturas
de grande valor , que poderiam produzir muito , passam a vida consumindo-se em
azedumes e frustrações. Se esse é o seu caso , procure analisar a frio a situação.
O governo , ou quem quer que seja o culpado dos seus fracassos , se nada faz para
desenvolver o projeto do seu grupo , também nada faz para impedir o trabalho que você resolva fazer , em benefício da causa pela qual se debate. Estamos num país livre.
Ninguém pode tolhá-lo nas suas iniciativas legais , a não ser a sua própria imaginação.
Pense nisso e comece a procurar , dentro de você , as reservas necessárias para agir. Se é
um programa social que você tem em vista , deixe de desbaratar os recursos talvez raros
da sua mente , em censuras , críticas , ressentimentos , fúrias , recriminações , que só
servem para causar depressão, e aplique os talentos que lhe cabem na direção certa , que é
a de servir aos seus semelhantes.
Se você foi doutrinado socialmente , já levantou a objeção de praxe: " Caridade não
resolve. O indivíduo , por si , nada pode. Tudo compete , de justiça , ao estado , etc." A
cadeia de argumentos já é bem conhecida para ser desenrolada de novo.
Caridade , no sentido de tirar do bolso uma nota que não lhe falta , ou de assinar um
cheque que não desequilibra nem os juros da sua conta de banco , não resolve mesmo.
Mas o amor ao próximo ainda continua sendo a maior de todas as virtudes. E não tenha
dúvidas , que é esse mesmo sentimento de interesse pelos outros que o leva a criticar a
tudo e a todos que não enxergam as misérias que você enxerga.
Não passe o resto da vida escrevendo discursos nem preparando relatórios para mostrar
aquilo que o governo , os seus chefes , empregados e colegas deviam fazer e não fazem.
Não se preocupe nem mesmo em elaborar planos perfeitos para cada um deles , porque
não serão seguidos. Use a energia , inteligência , percepção e bom senso que Deus lhe deu
, para construir alguma coisa útil.
Você tem amigos , associados , conhecidos e admiradores , que o apoiarão em qualquer
boa causa. Em lugar de atormentá-los continuamente com as descrições espectrais da
situação presente , convoque-os para a luta , numa causa comum , em que os
ressentimentos desaparecerão depressa , na realização de um projeto vivo , real e benéfico.
Todos nós temos essa tendência de criticar o governo e as demais autoridades pelo que
deixamos de fazer. Mas todos nós temos - e as vezes não sabemos que temos - dentro de
nós , a capacidade de , pela graça de Deus , colocarmo-nos a caminho da solução de
muitos problemas , se quisermos resolvê-los.
A crítica só serve para acalmar , temporariamente , o nosso espírito atribulado. Torna a
voltar a fúria , redobrada , e cada vez com mais freqüência. As autoridades constituídas
podem ser boas ou más , porém de nenhum jeito servirão de vítima expiatória para as
nossas próprias fraquezas. Procure descobrir o que é que essas autoridades , quaisquer que
sejam , e em qualquer época , estão fazendo de bom , e coopere com elas em vez de
antagonizá-las. Onde há falhas , procure suprir as deficiências , fazendo uso dos seus
atributos pessoais e da sua influência. Se você acha mesmo que ninguém está fazendo
nada , comece a fazer alguma coisa.
A sugestão parece complemente sem fundamento ? Então leia estas palavras de Woodrow
Wilson , que talvez o ajudem a compreender a que estamos nos referindo: "As nações se
renovam de baixo para cima , e não de cima para baixo. Tudo o que sei sobre História ,
confirma a convicção de que a verdade sabedoria da vida se compõe das experiências dos
homens comuns . As lutadoras e desconhecidas massas de homens , que estão na base de
tudo , são a força dinâmica que eleva os níveis da sociedade . Uma nação é tão grande , e
só tão grande quanto suas camadas populares A grandeza da Pátria só pode vir de você , quem quer que você seja. Por isso , deixe os
líderes nacionais tratando ou não tratando do que lhes compete e aplique as suas energias e
influência no seu projeto favorito , aquele mesmo pelo qual os que deveriam se interessar ,
não se interessam. E você verá quanta força existe neste mundo para ser mobilizada além
das subvenções municipais , estaduais e federais.
Vença essa desastrosa tendência de culpar as autoridades e todo o mundo, pelo que você
não está fazendo. Vença a censura e a recriminação, pela atividade construtiva e benéfica.
Você mesmo se surpreenderá ao perceber quanto pode ser feito , quando se deixa de lado a
crítica , o hábito de encontrar defeitos no próximo, e se começa a produzir.
Acabe com a mania de arrasar com os outros. Viva construtivamente. Viva vencendo.


VENÇA A MALEDICÊNCIA
Não há classe de pessoas que se sinta mais humilhada do que a dos maledicentes.
Quando um comentário desfavorável ou uma verdadeira intriga sai da nossa boca , nunca
nos ocorre que isso seja maledicência. São opiniões , fatos , pareceres , mas longe de
admitirmos catalogar essas referências como intrigas.
Ninguém se levanta propositadamente para falar mal dos outros. O que se pretende é
esclarecer um assunto , cooperar com o nosso conhecimento da causa para que ela seja
melhor entendida , ou simplesmente passar o tempo de maneira menos monótona.
O resultado é que a descarga de críticas por nós desferida , e que deveria nos proporcionar
um grande alívio , produz efeito inteiramente oposto , deixando-nos apenas vazios e
oprimidos. Sabemos que não enriquecemos a vida de ninguém e que o reflexo dessa
leviandade sobre nós é devastador.
A maledicência remunera muito mal os seus servos , mas exerce sobre eles tamanho
fascínio , que embora sabendo da frustração e dos desapontamentos que os esperam ,
continuam servindo fervorosamente à mesma causa.
Deixar a maledicência parece mais difícil do que deixar o fumo. E seria mesmo , se não
fosse pelo fato de que o nosso talento para a intriga não é espontâneo. Ele representa
apenas a conseqüência de uma causa muito mais profunda , denominada ressentimento
Não é possível acabar com a maledicência sem atacar primeiro a sua causa de origem.
 O ressentimento é urna doença contagiosa do espírito . Começa a se desenvolver quando
permitimos que os germes da inveja , da cobiça ou da autocomiseração se aninhem na
nossa mente.
 Porque alguém conseguiu passar à nossa frente , porque desejamos o que é dos outros e
sabemos que nunca poderemos Ter , ou simplesmente porque nos concentramos
doentiamente em afrontas , maus tratos ou injustiças que nos foram feitas , começamos a ruminar ressentimentos.
 Por estranho que pareça , essa anomalia não se desenvolve com facilidade. Uma criança
não guarda rancores por muito tempo e custa a aprender a cultivá-los.
 A maioria dos jovens inicia as suas carreiras profissionais sem predisposição para o
ressentimento. Mas com o tempo e a falta de uma diretriz definitiva sobre como reagir aos
inevitáveis altos e baixos das relações humanas, vão se tornando especialistas em se
classificarem como vítimas de uma sociedade em que tudo o' contra eles.
Depois de duas ou três frustrações, o terreno está preparado para a formação de um
ressentido, que trará como resultado mais um violento crítico maledicente.
Para acabar com o ressentimento é preciso identificá-lo como um agente corrosivo.
Diante das deslealdades , injustiças e traições humanas, que não constituem novidade
alguma e que surgem na vida de todos nós, só podemos sair triunfantes se nos recusarmos
a permitir que o ressentimento se aloje no nosso espírito.
Isso não quer dizer que somos obrigados a fechar os olhos para tudo e proceder como o
avestruz, escondendo a cabeça na areia.
Uma análise fria e racional da situação pode muito bem ser feita, sem que as nossas
emoções interfiram e nos levem a elaborar ressentimentos perigosos. Se em parte a culpa
nos cabe, como pode ser bem o caso, vamos procurar corrigi-la. No caso contrário o
melhor será medir em toda a extensão, o comprimento, a largura, e a altura da afronta .
Logo a seguir , ainda oprimidos pelo peso que recaiu sobre nós, a solução certa será pedir
a Deus que nos faça esquecer esse mal , derivando dele todas as lições que nos puder
ensinar , e sem admitir nenhum ressentimento na alma.
Dessa maneira, transformaremos o fracasso em triunfo, aprendendo que podemos nos
colocar de pé, por cima desse peso enorme que se continuasse sobre nós, acabaria nos
esmagando.
Com essa vitória sobre o ressentimento, fica de uma vez eliminada a fonte da
maledicência.
Sabemos que Deus retribui a todos justamente, que ele tomará nas suas mãos qualquer
punição que seja necessário, sem cometer os erros que a nossa impetuosidade está sujeita a
praticar. Ficamos assim libertos para uma nova etapa da jornada, onde nos esperam
experiências mais ricas e aventuras mais emocionantes.
De agora em diante, da nossa boca sairão apenas palavras amáveis e sinceras, a respeito de
tudo e de todos. Mesmo as críticas que tivermos que fazer, serão desapaixonadas e
sensatas, porque, pela graça de Deus não se aninhou em nós nenhum ressentimento.
A próxima vitória que você obterá na conquista da maledicência, será sobre aqueles que o
cercam. Sem a sua cooperação, os seus interlocutores não poderão trabalhar. No versículo
20 do capítulo 26 do livro de Provérbios encontramos o seguinte: "Sem lenha o fogo se
apagará, e não havendo maldizente cessará a contenda." Você pode se transformar num
pacificador militante, recusando-se simplesmente a fomentar o fogo da maledicência. E isso não será problema nenhum, desde que não exista mais ressentimento no seu coração.
Transforme a sua conversa num estímulo para os que o ouvem.
Apague de uma vez o fogo contencioso da maledicência. Viva pacificadoramente. Viva VENCENDO

NÃO GIRE EM TORNO DE SI MESMO
VENÇA A TRISTEZA
Quantos momentos de alegria você experimentou ontem? Na semana passada? No mês
passado?
Se a sua resposta for dois, três, quatro, ou mesmo nenhum, você não constitui exceçã
o. A
maioria das pessoas vive mesmo sem se entusiasmar, sem nunca sentir a verdadeira
alegria de viver.
A tristeza, em geral, resulta de um hábito antigo que cada um de nós vem cultivando há
anos, e nem sequer percebe que o cultiva.
Se a tristeza se apresentasse como corruptora da personalidade, não teríamos problema em
repeli-la. Mas ela vem disfarçada. O indivíduo que passa a vida aborrecido, raramente
percebe que está nutrindo sementes destruidoras dentro de si mesmo. Ao contrário.
Quanto mais se entristece, mais se sente enobrecido e digno da simpatia dos que o cercam.
 O mal é sério e precisa ser tratado.
A tristeza crônica constitui sintoma de doença do espírito e precisa ser considerada como
são consideradas a febre , a tosse , e outras manifestações de moléstias físicas , que nos
alertam para a correção imediata do mal.
Se você vive triste , seu espírito está enfermo. Comece hoje mesmo a cuidar de si.
Elimine qualquer contato com a tristeza. Não é preciso grande luta para vencê-la. Basta
apenas uma vigilância cuidadosa. Não dê guarida à sentimentos deprimentes .Não os
toque, nem de leve, e eles, percebendo que não são acolhidos diminuirão a freqüência
os ataques sobre você.
Depois, sabendo que a mente não pode ficar vazia , procure enchê-la a seu gosto,
dirigindo-a você mesmo. E este é um privilégio seu , unicamente seu. Você já pensou
nisso? Todos os demais domínios poderão faltar-lhe , mas você e só você , é o dono
exclusivo da sua mente .Ela lhe obedece , ela se mantém submissa à sua direção , desde
que sela devidamente treinada para esse fim. Portanto , encha-a de pensamentos alegres ,
esperançosos e otimistas.  Lembre-se que , por pior que lhe pareça a sua situação , você pode sempre contar com o
seu Deus. A graça divina é muito maior do que todos os seus problemas , somados e
multiplicados.
 Depois , convide a sua memória a recapitular as experiências felizes de ontem. Você , que
ainda há pouco imaginava que não teve nenhuma experiência alegre , nem ontem , nem na
semana passada , nem no mês passado , talvez se surpreenda ao fazer uma lista mental de
todas as coisas boas que lhe aconteceram : um trabalho terminado e a sensação agradável
de que foi levantada mais uma carga de sobre os seus ombros , uma compra de ocasião ,
que lhe deu mais do que você esperava por menor preço , ou uma palavra amável , um
gesto delicado de alguém da sua família.
Examine e verá quantas coisas boas lhe aconteceram. Mas você não as notou porque , já
viciado na tristeza , deu muito pouca importância aos fatos , enterrando-os depressa
debaixo de várias camadas de pensamentos sombrios.
Traga à tona as suas memórias agradáveis dos últimos dias , e cultive-as com carinho.
Relembre-as em detalhes , várias vezes, sentindo mais e mais o prazer que elas lhe
causam. Depois , use-as como defesa , para bloquear a entrada de qualquer idéia tristonha ,
que paire a seu redor , com esperanças de se aninhar no seu espírito. Deixe bem claro que
não há lugar para pensamentos destruidores na sua mente, a qual já se acha saturada de
idéias alegres e construtivas.
Os recursos para vencer a tristeza estão dentro de você. Deus mesmo os colocou no seu
espírito, e ele pode ativá-los a qualquer momento.
Lembre-se de que a graça de Deus é maior do que todos os seus problemas , e viva alegre.
Viva vencendo.
VENÇA A ANGÚSTIA
Você sofre de angústia? De preocupação contínua , de ansiedade permanente ? De tensão
emocional crônica ?
Em outras palavras ,você é uma dessas pessoas que nunca têm sossego, que encontram em
tudo um motivo para preocupação , que vivem oprimidas , e que em virtude disso sentemse sempre infelizes consigo mesmas e se tornam indesejáveis para os outros ?
Então deixe de alimentar ilusões de que o resto do mundo é diferente , e de que o peso do
globo terrestre , mais o de todos os planetas que virão a ser visitados pelo homem , estão
inteirinho nas suas costas.
Inúmeras pessoas sentem-se exatamente como você e detestam essa sensação , mas não
sabem como se livrar dela.
Há um remédio seguro , simples e certo , que dá excelentes resultados , quando se faz uso
dele sistematicamente. Esse remédio constitui-se de uma série de reprimendas , contidas no livro de Isaias ,
capítulo 51, verso 12 em diante: " Quem és tu para que temas o homem que é mortal ?
Quem és tu , que te esqueces do Senhor que te criou ? Quem és tu. que temes continuamente, todo dia , o furor do angustiador, como se ele estivesse pronto para destruir ? E
onde está o furor do que te atribulava ? Eu sou aquele que te consola. Eu ponho as minhas
palavras na tua boca eu te cubro com a sombra da minha mão, para que possa plantar os
céus , estabelecer os alicerces da terra , e dizer a Sião : Tu és o meu corpo . "
Medite um pouco nessas palavras: " Quem és tu ? " Quem sou eu , para temer qualquer
criatura humana , esquecendo-me de que foi Deus quem me criou , de que ele cuida de
mim ? Como foi que eu cheguei ao ponto de achar que tenho razões para me afligir por
causa dos homens , eu , que sou uma criatura de Deus , e que posso sempre contar com ele
para tudo ?
Quem sou eu para temer , continuamente todo o dia ( note bem a descrição do triste estado
a que você chegou - um estado de ansiedade contínua e sem tréguas ) , quem sou eu para
temer , dessa maneira , o furor do angustiador ?
Quem é esse angustiador ? Algum espírito diabólico , que insiste em envenenar , oprimir e
estragar a minha vida. Quem sou eu , para permitir que esse angustiador domine os meus
pensamentos , tome conta da minha vida , "como se ele estivesse pronto para destruir ?"
Quem sou eu , para me deixar levar pela suposição de que uma força angustiante tem
poder e está pronta para me derrotar ? Se Deus está comigo , como eu se que está , quem
sou eu para dar ouvidos às insinuações do angustiador ?
E depois , " onde está o furor do que te atribulava ? " Quantas lutas já foram vencidas ,
quantas vitórias conquistadas sobre todas as causas de angústia que surgiram no passado ?
Pense por um minuto nos triunfos que você obteve esta semana , este mês , este ano.
Quantas moléstias curadas , quantas contas pagas , quantos problemas resolvidos , quantos
obstáculos atravessados. " Onde está o furor do que te atribulava ? Na sua imaginação . Na
sua mente.
" Eu sou aquele que te consola " , diz o Senhor Quem sou eu para dar ouvidos ao
angustiador ? Para permitir que esses pensamentos desvairados de dúvida , de medo , de
aflição e de tristeza continuem dominando o meu espírito ?
"Eu te cubro com a sombra da minha mão ". Quem é você para viver se escaldando ao sol
de emoções torturantes e acaloradas , que só produzem insolações espirituais ?
Essas promessas faz o Senhor para que possa " plantar os céus estabelecer os alicerces da
terra , e dizer a Sião : Tu és o meu povo".
Quem é você para concluir que o Criador o colocou neste mundo para se desesperar , para
viver como elemento inútil ou nocivo ?
Deus cuida de você , para que , por seu intermédio , ele possa " plantar os céus ,
estabelecer a terra , e dizer a Sião : Tu és o meu povo."
Você tem uma parte a representar na vida. Por seu intermédio , Deus está querendo dizer a
muitos " Tu és o meu povo ", portanto , coragem. Prepare-se para lutar contra o " angustiador " , e para vencê-lo . Ele não pode dominar uma criatura de Deus.
Para triunfar sobre a angústia, encha-se de confiança , e deixe que o seu espírito absorva o
conteúdo destas palavras: "Quem és tu para que temas?"
Grave na sua mente a certeza de que você e' uma criatura de Deus , e de que ele o deseja
feliz útil e calmo , para cumprir a sua missão nesta terra
Assimile o que Deus quer ensinar com o trecho bíblico citado , e não se surpreenda se , em
breve , você mesmo não se reconhecer mais , no indivíduo alegre , confiante e sereno que
você virá a ser.
"Eu te cubro com a sombra da minha mão " Viva tranqüilamente. Viva vencendo.

VENÇA O CANSAÇO
Da próxima vez que você estiver na fila do ônibus , ou em qualquer fila que não caminha ,
aproveite os momentos de tédio para observar o número de fisionomias cansadas ao seu
redor . Quase todo o mundo vive cansado . Até as crianças.
 Se quando você estiver caminhando , olhar de repente para a primeira vitrina que
encontrar no caminho , talvez admita que a sua própria fisionomia ambulante não é a
mesma , decisiva e bem composta , que você viu no espelho , antes de sair de casa. Você
também pode parecer cansado para os outros. Testa franzida , lábios comprimidos,
músculos tensos e rosto congestionado.
O fim desta conversa não é criar a ilusão de que se pode ou se deve viver repousando
eternamente. Mas uma grande parte do cansaço humano resulta do fato de não se saber
descansar.
Você começa o dia com montanhas de problemas à sua frente. Sabe muito bem que não é
possível resolver metade deles. E se ao menos soubesse quais os que devem ser resolvidos
hoje , e os que podem ficar para amanha , já seria um alívio. Mas tudo é urgente , de modo
que você , que já se levantou atrasado e perdeu mais uns minutos desnecessários para
desinfetar aquele corte de gilete causado pela pressa de fazer a barba , engole logo um café
muito quente ou muito frio , do qual nem sente o gosto , só a temperatura.
E assim , antes de começar o dia , você lá está cansado. Cansado do que sobrou de ontem ,
de anteontem , dos meses e dos anos passados.
Se ao menos você pudesse começar um dia de cada vez ! Se a carga de ontem ficasse
enterrada no passado , e a de amanha , guardada para o dia seguinte !
Mas não há jeito . Você acorda com o cansaço de ontem nas costas , dobrado pela
compreensão do poucos que pode ser feito hoje , e triplicado pela expectativa do cansaço
de amanha.
No meio desse cansaço crescente , há alguma coisa que você pode fazer agora , para
quebrar essa cadeia esmagadora . Pare por alguns minutos. Cinco , dez , quinze , quantos puder. Mas pare . Esqueça do café , que pode ser tomado no escritório , ou de algum
detalhe da rotina matinal , que pode ser dispensado , se você quiser dispensá-lo.
Sente-se confortavelmente numa cadeira , feche os olhos para não se distrair, e tenha uma
conversa com o mais ou menos nestes termos: "Meu Deus , neste dia pesam sobre os
meus ombros e sobre os meus nervos os seguintes problemas : (enumere-os um a um) . A
carga é demais para mim , e eu estou me aniquilando de cansaço debaixo de tanta pressão.
Ajuda-me e mostra-me o que fazer . "
Depois , você poderá ler o verso 28 do capítulo 11 do Evangelho de Mateus , na Bíblia :
Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos , e eu vos aliviarei ."
Se você permanecer em silêncio , Deus deixará algumas coisas claras no seu espírito , tais
como :
1) A compreensão de que nem tudo o que pesa sobre você precisa ser resolvido hoje .
Você conseguirá com surpreendente facilidade , entre o que lhe parecera urgentíssimo até
agora , aquilo que tem que ser feito hoje o que pode ficar para amanhã e o que não precisa
ser considerado até a próxima semana . Faça a separação , e não pense mais no que foi
eliminadodo dia de hoje.
2) Você entenderá que os problemas fracassos e frustrações de ontem podem ser entregues
ao passado , esquecidos e abandonados deixando de atormentá-lo de uma vez por todas
.Mesmo os seus pecados , Deus está pronto a perdoá-los todos , se você os considera
como tais , arrependendo-se de os haver cometidos , e sinceramente deseja aliviar-se dessa
carga de remorsos e culpas . Deixe com Deus o dia de ontem .
3) Você terá a certeza de que Deus , que provê para o dia de hoje , proverá para amanhã ,
quando estará novamente pronto a orientá-lo para mantê-lo calmo , tranqüilo , sereno e
eficiente , durante o dia todo.
Você não precisa viver cansado . Deus lhe deu uma grande reserva de energias para ser
usada na construção de uma coisa útil , e não na destruição de si mesmo, pelo acúmulo de
cargas desordenadas e desnecessária .Comece hoje mesmo a viver tranqüilo. Repita estas
palavras de Cristo : " Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei." Procure-o. Conte-lhe toda a história do seu cansaço. Depois, apegue-se ao alívio
que ele lhe der, mostrando-lhe como organizar e simplificar os seus problemas. Firme a
mente na orientação que você receber, sobre o que precisa realmente ser realizado hoje, e
faça-o da melhor maneira possível. Depois, descanse. Descanse na confiança de que Deus
cuida não só de suas cargas como de você também .
Repita mais uma vez: "Vinde a mim todos os que estais caçados e oprimidos, e eu vos
aliviarei."
Viva descansado. Viva aliviado . Viva vencendo.

VENÇA A FALTA DE CONFIANÇA Se você é um desses indivíduos que só sai de uma apatia crônica para comparar os seus
fracassos com os sucessos de seus amigos, isto o interessa.
Por que tudo de bom acontece com os outros , e você vai ficando sempre para trás?
Se isso o deprime, não se alarme. Você não está sozinho. Muito mais gente do que você
calcula, vive do seu modo, desanimada, infeliz, invejando os sucessos do próximo ,
sem
nunca sair do lugar.
O que é que há com você? que lhe falta para vencer na vida?
Falta-lhe confiança.
A confiança apenas fará de você uma nova criatura.
Aprenda a confiar. Já se sabe o que você esta' pensando: Tudo isto é fácil de dizer, mas
confiar como?
A falta de confiança é um hábito. Se você nasceu e viveu num lar onde ninguém confiava,
você não é um desconfiado individual. O seu desânimo está condicionado a uma vida de
aprendizagem na escola da descrença.
Mas é possível acabar com isso.
A tarefa não é fácil, pois hábitos de muitos ano não podem ser vencidos de um momento
para outro A confiança precisa ser carinhosamente cultivada , por deliberação própria.
 Comece a crer .
Creia que Deus, que nos criou para uma vida rica e abundante está ao seu lado , para fazer
de você uma criatura confiante nas suas possibilidades .
"Se creres, verás a glória de Deus" , são as palavras de Cristo , em João 11.40.
Muitas das dádivas divinas são inteiramente gratuitas, mas a crença precisa ser cultivada.
Para a realização de grandes maravilhas na sua vida , Deus determina uma condição, e
essa condição é que você creia. A sua atividade voluntária e consciente é indispensável.
Não no sentido de empregar todas as suas energias procurando se encher de uma força
construída à custa dos seus próprios esforços , mas simplesmente pelo cultivo da
confiança no poder, na bondade e no amor do seu Deus.
Creia nele. Amplie essa crença apropriando-se das promessas que o Senhor nos faz
Quanto mais você procurar desenvolver a sua crença , mais ele fará por você , e mais fácil
, mais natural se tornará o alargamento da sua confiança
Creia no seu próximo. Procure tratá-lo como amigo. Abra um crédito de boa fé para com
aqueles que o cercam.
Elimine todas as suas idéias preconcebidas sobre os que convivem com você encare as
pessoas de sua família , os seus empregados ou patrões , os vizinhos e o público em geral como criaturas de Deus que merecem respeito, atenção, e também uma oportunidade de
revelar aquilo que possuem de melhor, e que às vezes permanece oculto por causa da sua
insistência em não querer enxergar.
Isso não significa que todos vão corresponder à sua expectativa , nem que o processo não
lhe trará muitas decepções. Mas serão decepções fundamentadas numa tentativa sincera , e
não o resultado da prevenção sem prova. A confiança no próximo vinda de Deus , não
desanima nunca nem põe termos a experiências , com base em desilusões passadas. Não é
assim que Deus nos trata. Ele não desiste de dar oportunidades às suas criaturas , apesar da
má vontade humana .
 E ele espera que você lhe siga o exemplo
Cultivando a crença em Deus , e crendo no próximo , você acabará crendo em si mesmo a
não ser que...
Como anda a sua consciência ? Não é possível confiar , quando se vive de maneira
reprovável. Se os seus caminhos precisam ser endireitados , não tenha dúvida. Admita o
fato.
Por mais queridos que lhe sejam os seus erros eles não lhe farão falta.
Recorra a Deus , que continua perto de você , para perdoá-lo e para modificar a sua vida.
Ele a criou . Ele pode e deseja reconstruí-la , dinâmica , feliz e enriquecida .
Para isso , confie em Deus. Confie no seu próximo. e confie em si mesmo.
Creia. porque "se creres . verás a glória de Deus."
Viva confiante. Viva vencendo.

VENÇA O DESAMPARO
Há momentos na vida de quase todos nós, em que nos encontramos numa situação de
absoluto desamparo. Físico ou moral, o desamparo é uma das sensações mais deprimentes
que se podem experimentar. Contávamos com isto ou com aquilo, esperávamos tal e tal
coisa, no fim nada aconteceu, e aqueles com quem pensávamos poder contar, ou nos
abandonaram completamente na hora do perigo , ou se voltaram acintosos contra nós , por
razões que até agora nos escapam .
Essa situação é comum. O que mais nos aflige , a princípio , é imaginarmos que somos os
primeiros a passar por ela.
Estamos ao desamparo , com um mundo de inimigos e ex-amigos no nosso encalço. Que
fazer?
Há sempre uma solução acertada , para todos os problemas insolúveis, dentro da Bíblia.
Ela nos apresenta várias narrativas do que ficou distante , mas que permanece imortal , na
identificação das nossas vidas com as dos tipos humanos apresentados.
No segundo livro da Crônicas, capitulo 14 , versos 8 a 13 , encontramos a história de Asa , um rei de Judá , que se esforçava para obedecer à lei de Deus. Conta-nos a história que
Asa tinha no seu exército trezentos mil homens de Judá e duzentos e oitenta mil de
Benjamim , urna outra tribo. Somando-se , dá um total de quinhentos e oitenta mil
soldados.
Nessa época , um etíope chamado Zerá investiu contra Asa , com um exército de um
milhão de homens " e trezentos carros ".
Quando o rei de Judá percebeu a situação de desigualdade em que teria de lutar , sentiu-se
complemente incapaz de combater tamanho inimigo. Mas, como lá conhecia bem o seu
Deus , não se considerou de forma alguma desamparado. Voltou-se para ele, com a maior
simplicidade informou-o : Senhor , além de ti não há quem possa socorrer numa batalha
entre o poderoso e o fraco. Ajuda-nos, pois , Senhor nosso Deus , porque em ti confiamos
, e no teu nome viemos contra esta multidão".
Esta é uma prece que acaba de uma vez com a sensação de desamparo. Senhor , além de ti
, não quem possa socorrer." Lembrando a Deus de que estamos na dependência exclusiva
dele , estaremos lembrando a nós mesmos de que ele é o nosso Deus, de que nele
confiamos, e de que pela sua força poderemos enfrentar qualquer multidão.
O mais importante , depois disso, é não parar para medir as forças com as do adversário.
Por maiores que sejam os malabarismos da nossa imaginação, e por mais inquebrantável
que seja a nossa valentia , (a narrativa nos diz que os homens de Asa " eram todos valentes
" ), nada podemos fazer numa situação de forte contra fraco, de quinhentos e oitenta mil
contra um milhão e mais trezentos carros. Ficar medindo, pesando, contando carruagens e
soldados, só vai servir para nos provar e reprovar o que já sabemos: não possuímos
recursos humanos para a luta. Se insistirmos em medidas , pesagens e contagens , o fim
será o desânimo, a fuga se possível , ou a derrota.
Portanto , o melhor é deixar de fazer contas. Já sabemos que a nossa situação é de absoluta
inferioridade. Mas isso nunca foi razão , desde os tempos do Rei Asa , e não será hoje em
dia , para nos sentirmos desamparados. Temos às mãos o maior de todos os recursos:
"Senhor, além de ti não há quem possa socorrer."
E o que fez o Senhor ? Na linguagem bíblica, "feriu os etíopes diante de Asa e diante de
Judá , e eles fugiram. Asa e o povo que estava com ele os perseguiram.. . e caíram os
etíopes sem restar um sequer..."
Como , com que armas , por que meios eles foram ferido não se sabe , e pouco importa. O
fato a ser notado é que Deus tem recursos incontáveis para liquidar de uma vez com todos
os nossos inimigos. O desamparo é um deles. Não podemos garantir que ao ouvi-lo
pronunciar "Senhor , além de ti não há quem possa socorrer ", ele manda uma praga
mortal para derrotar os seus adversários humanos , nem que os coloque na miséria , nem
nada disso , que por vezes constituem os nossos desejos ocultos , mas que não se coadunam com a natureza divina. Mas uma coisa é certa. O seu grande inimigo, esse que tem
a força de um milhão contra quinhentos e oitenta, e que se chama "desamparo", será
aniquilado de uma vez, sem deixar sequer uma sombra da sua presença.
"Senhor, além de ti não há quem possa socorrer." Essa prece que começou como um grito
de angústia e de desespero vai gradativamente se transformando numa afirmação de
absoluto conforto, até que se torna uma expressão de vitória e louvor. Você acabará dando graças a Deus porque, felizmente, não houve mais ninguém além dele
para ajudá-lo, e porque, nessa situação de completo desamparo, você aprendeu de uma vez
por todas que quando ele socorre, todos os demais socorros são a absolutamente
desnecessários .
Saia vitorioso e permanentemente amparado, Viva vencendo.

VENÇA A FRAQUEZA
Um conhecido meu costuma dizer que , se ele fosse presidente durante um mês ,
consertaria este pais. Os métodos que sugere são todos drásticos , e nem ele mesmo leva a
sério o que está dizendo , mas essa idéia de que , se tivéssemos poder , conseguiríamos por
ordem nas coisas , é bastante generalizada.
Se nos fosse possível aumentar um pouco a nossa estatura , se os outros nos ouvissem ou
ao menos nos dessem uma oportunidade de falar , quem sabe se o mundo seria diferente.
Sentimos a opressão da nossa fraqueza em todas as esferas. Somos fracos demais para
lidarmos conosco mesmos , para superarmos os nossos complexos , as nossas ansiedades ,
os nossos receios , a nossa estagnação. Somos fracos para exercermos a influência que
desejaríamos , tanto na família como na sociedade ou na Pátria. Ninguém nos ouve , e a
nossa voz , se é que conseguimos levantá-la , se perde imediatamente no meio das outras.
Cansamos de fazer força , mas o mundo não toma conhecimento da nossa possível
contribuição à humanidade.
E assim , todas as vezes que nos defrontamos com a nossa própria fraqueza , convém
voltar a atenção para um trecho da Bíblia , com o qual se inicia o Salmo 91 : " Aquele que
habita no esconderijo do Altíssimo , à sombra do Onipotente descansará".
Existe um descanso fortalecedor para os fracos e exaustos de lutar , "à sombra do
Onipotente."
Penetre nessa sombra. Ela é a sombra do Deus Todo-Poderoso , que trabalha por nós , e
que por nós tudo executa (Salmo 57.2).
Se a tarefa é grande demais, se você não sabe como iniciá-la, se os seus recursos se
apresentam em completa desproporção com a imensidade da obra à sua frente , você só
tem um caminho a seguir : descansar . Descansar o tempo que for necessário , para que a
sua ansiedade desapareça , o seu medo se transforma em coragem e a sua angústia em
esperança
Tire tempo para refrigerar a sua fraqueza causticada , à sombra do Onipotente . Sente-se
qualquer posição de relaxamento complexo e descanse considerando a onipotência divina.
A frente da sua causa está o seu Deus Todo-Poderoso.
 Onipotente em sabedoria , para dirigir a marcha dos fatos sem cometer os erros que você ,
na sua confusão, estará sujeito a praticar. Onipotente em compreensão amor e bondade,
para não ferir ninguém, que você, na sua exaltação emocional, gostaria de destruir. Onipotente em justiça , para não se deixar escarnecer pelos abusos humanos, que a sua vacilação toleraria. Onipotente em verdade , para não se iludir com armadilhas de palavras dúbias e
capciosas , que o seu limitado entendimento humano não seria capaz de discernir.
Descanse prolongadamente , à sombra desse Deus Todo-Poderoso , e depois , volte aos
seus trabalhos calmo , confiante e feliz , conhecendo por experiência própria a força
tranquilizadora e abençoada desse descanso à sombra do Onipotente.
Não desanime por causa da sua fraqueza.
Descanse na onipotência do seu Deus.
Viva da força divina. Viva vencendo.

VENÇA A SOLIDÃO
Qual a cura para a solidão ? Companhia ? Nem sempre. Não é toda solidão que resulta de
falta de companhia. Mas a solidão é um grande problema, que vem atrapalhando a vida de
muita gente. Mais importante do que procurar a cura para o isolamento , é aprender a viver
com ele , e tirar partido das vantagens que nos oferece.
Da próxima vez que você se sentir sozinho , lembre-se de três coisas: primeiro , imagine o
grande número de pessoas que vive constantemente na companhia alheia , por exigências
de profissão , encargos ou outras funções, que trocaria alegremente essa contínua
sociabilidade por algumas horas da sua solidão. Pense , portanto , no privilégio que você
tem, e que é negado a muitos , de poder ficar sozinho. Segundo, lembre-se de que todas as
grandes realizações humanas nascem na solidão. Os melhores livros, as mais belas composições musicais, os mais ricos poemas, tiveram origem na mente de um homem sozinho, e
foram executados na solidão. Mesmo o que parece , deliberadamente , um produto de
conjunto , teve início na mente de um ou de alguns indivíduos , que pensaram sozinhos.
Portanto , não despreze a sua solidão. Ela pode ser a sua maior oportunidade. Aproveite os
seus momentos a sós para cultivar o que existe de melhor em você. Faça um plano
inteligente para as suas horas , procurando desenvolver as suas habilidades .
Leia , escreva , estude , toque , cante , desenhe , enfim , use o tempo para se beneficiar a
si próprio.
É na solidão que você tem oportunidade de conhecer melhor o seu Deus - de ler a Bíblia ,
de orar e de compreender que existe , de fato , uma companhia que não vai nos deixar
nunca. Você verá que a solidão pode ser um privilégio em vez de uma carga. Terceiro ,
tire da cabeça a idéia de que companhia é sempre alegria. Você já deve ter experimentado
muitas vezes o fardo de certas associações. Lembre-se por alguns instantes das conversas
intermináveis, das lamúrias, das descargas de pessimismo e da futilidade cansativa , que
você tantas vezes suportou da gente que mal conhecia. Lembre-se das famílias que você
conhece , onde a discórdia e o desentendimento não podem ser disfarçados nem mesmo na
presença de estranhos , e agradeça a Deus pela sua solidão.
Com esses três pontos em mente , enxergue as coisas com realismo. Passe a respeitar e a
apreciar a sua solidão pelo que ela realmente vale. Nesta altura , você já pode estar convencido das vantagens da solidão , mas continua
desconsolado, dizendo a si mesmo que tudo isso deve estar certo , mas na realidade uma
companhia sempre é melhor do que o isolamento.
Então , encaremos a questão da companhia. Na hora da solidão , e em especial da solidão
freqüente , a tendência é mesmo procurar associações. Qualquer companhia serve , ainda
que não " o seja a que se espera.
O resultado é sempre o mesmo. As más amizades não compensam. Em primeiro lugar, não
servem de companhia quando se espera contar com elas. Depois , nunca fogem à regra de
que " as más companhias pervertem os bons costumes." Você só tem a perder,
associando-se com tais pessoas. Não se deixe vencer pela solidão. Escolha as suas
relações.
Essa sugestão parece um tanto descabida , pois se a criatura está isolada é porque não tem
companhia , e se não tem companhia , vai escolher o quê ?
Aqui , você pode estar enganado. Você tem muito o que escolher. Se acha que não, sentese, tome uma folha de papel , um lápis , e faça uma lista: primeiro os parentes , depois os
vizinhos depois os companheiros de trabalho. A seguir , lembre-se dos colegas , que já
ficaram para trás , dos amigos de infância e de todos os esquecidos de que se puder
lembrar. Se você esta numa cidade estranha , onde conhece muito pouca gente , faça uma
lista não só dos que conheceu , como dos que desejava conhecer. Numere os nomes por
ordem de sua preferência , escolhendo somente boas companhias , e tome a deliberação de
fazer alguma coisa para reatar ou estimular sua amizade pelo primeiro da lista . Não
exagere , mas se lhe der vontade , lembre-se de alguma coisa que você possui , que poderá
agradar ao seu amigo ou amiga : um livro de assunto de interesse , um artigo, um objeto,
um doce , uma peça de louça , enfim , qualquer coisa. Procure a pessoa levando consigo
aquilo que você acha que poderá agradá-la . Não é preciso fazer presente do objeto . Basta
usá-lo para estabelecer um ponto de contacto . Se você o encontrar ocupado, seja breve ,
deixe a conversa pare outro dia , e se possível , marque desde já uma hora conveniente
para a sua visita, que não precisa ser só para conversar. Talvez você possa voltar para
prestar algum serviço ou ajudar a outra pessoa em alguma coisa.
Você pode correr toda a sua lista dessa maneira e em breve você começará a Ter saudades
de suas horas a sós
Aprenda a apreciar a solidão. Escolha suas companhias.
Sozinho ou acompanhado, viva vencendo.

APRENDA A VIVER NA SUA COMPANHIA
Você pode estar perfeitamente convencido de que a solidão é uma grande coisa , mas isso
não altera em nada o vazio que vai pela sua alma.
A vontade de ter amigos , de ser popular , de viver em grupos , se torna cada vez mais
persistente , de modo que todas as considerações sobre as vantagens de solidão e sobre
como escolher companhias, de nada lhe adiantam. O que você deseja mesmo , é ser querido pelos outros. Então qual será a maneira de conquistar esses amigos que parecem
fugir de você , apesar de todos os seus esforços ?
É mais simples do que parece. Lembre-se deste ensino de Jesus: "Amarás ao teu próximo
como a ti mesmo "
Comece procurando entender a última parte: "como a ti mesmo."
Até que ponto você gosta de si mesmo ? Existe , em todos nós , um eu desprezível,
intratável, destrutivo, do qual ninguém gosta , a começar por nós mesmos. Mas esse eu
está fadado a desaparecer , se pedirmos a Deus que nos renove , que nos crie de novo , que
nos liberte dos nossos pecados e que viva em nós , transformando-nos em criaturas
diferentes. Surge então dentro de nós , um outro eu , que emerge da mudança. É um eu
com o qual podemos viver em harmonia , que representa a parte divina existente em nós ,
ao qual podemos querer bem , e que precisamos e devemos cultivar.
Quanto mais o nosso novo eu domina , mais passamos a ter prazer na nossa própria
companhia , e , sem saber por que , mais facilmente amamos ao nosso próximo.
Aprenda a amar-se a si mesmo. Despreze o que há de indesejável em você , mas não se
deixe dominar por esse aspecto de sua vida. Apegue-se ao seu novo eu agraciável , que a
graça de Deus está fazendo nascer em você , e que superará mais e mais o seu velho eu.
Então você verá que é fácil amar o próximo. Começando a querer bem de fato àqueles que
o cercam , você passará a tratar a todos com amor e atrairá para si todos aqueles com
quem você conviver.
A lei do amor ao próximo é a melhor regra para quem deseja se fazer estimado. Mas
lembre-se que o seu próximo não é este nem aquele , selecionado pelas suas predileções ,
à custa da exclusão dos demais. Próximo é todo o mundo. Se você está tentando aplicar a
regra do amor apenas a um grupo especial , segregando os outros , o processo não vai dar
certo, porque você não está realmente amando o seu próximo , mas apenas a uma seleção
de próximos que você mesmo criou.
O primeiro requisito para poder amar o próximo, depois de amar a si mesmo , é eliminar
todas as barreiras mentais ou emocionais , que no seu espírito separam o próximo em
grupos de próximos , dos quais alguns são excluídos.
Veja bem onde estão os seus preconceitos ou a sua indiferença e faça um ataque cerrado
contra ambos.
Peça a Deus que tire do seu coração qualquer tendência para segregar grupos humanos da
sua amizade.
É claro que você não poderá correr o mundo para se mostrar amigo de todos os que
habitam a face da terra , mas você pode encará-los com boa vontade , compreensão e
respeito.
Quanto aos que estão perto , não se limite a considerações de ordem abstrata sobre o amor
, porque o amor se manifesta em atos. Obedeça aos seus impulsos de servir , ajudar ,
animar e presentear os outros. Capriche em tudo o que você fizer pelo seu próximo . Ofereça-lhe suas dadivas , concretas ou abstratas , com as palavras mais amáveis e
sinceras que encontrar.
Aprenda a amar a si mesmo - ao novo eu que Deus está criando dentro de você. Obedeça
aos seus impulsos para manifestar a sua amizade aos que o cercam , e depois você pode
dizer adeus à solidão , de uma vez por todas. Mesmo quando você estiver sozinho , sentirá
prazer na sua presença.
Viva sempre em boa companhia , ainda que seja a sua própria.
Vença a solidão. Viva vencendo.




VENÇA O COMPLEXO DE MÁRTIR
Pode acontecer que você , mesmo sem ser incluído entre os que despendem muito tempo
clamando contra injustiças , remoendo injúrias e incompreensões , considere-se um mártir
involuntário , porque as circunstâncias, embora não podendo ser classificadas de
desfavoráveis , em nada cooperam para o seu progresso.
O mundo está cheio de criaturas que acreditam estar sendo crucificadas por vários
motivos. A cruz se tornou para nós um símbolo invejável , de modo que , ao
mencionarmos a nossa fixação nela , estamos em geral sugerindo que nos foi imposto um
sacrifício, injusto , cruel , que suportamos com humildade e galhardia.
Quando nos sentimos nesse espírito de vítimas inocentes , crucificadas sem culpa ,
esquecemos de que a cruz , em sua função específica , era reservada para ladrões ,
assassinos e outros infratores da lei. Mesmo na hora em que Cristo foi crucificado , o que
acarretou a glorificação da cruz havia um ladrão à sua direita , outro à sua esquerda ,
ambos executados por desobediência à lei. De modo que falar em ser crucificado , sem ter
em conta a função da cruz , pode muito bem ser atitude de puro sentimentalismo.
O que realmente acontece é que , quando nos sentimos como vítimas de alguma injustiça
que nos atormenta , quando entendemos que somos crucificados , padecemos e
agonizamos , quem nos prega na cruz não são os nossos semelhantes nem os nossos
inimigos , nem a sociedade , nem as autoridades. Somos nos mesmos.
De acordo com a lei de Deus , explícita , e implícita na nossa natureza, qualquer
movimento da nossa parte , no sentido de violar essa lei , resulta não na violação da lei
que é inviolável mas na violação de nós mesmos.
Se refletirmos bem a respeito das causas que determinam a nossa crucificação , ou seja , o
nosso tormento, em geral seremos forçados a admitir que não foi a multidão injusta , não
foram os inimigos, não foi ninguém que nos pregou na cruz , mas nós mesmos , que ,
agindo mal e procurando descarregar nos outros a culpa e a responsabilidade das nossas
ações e dos nossos raciocínios viciados , agora nos degradamos até à blasfêmia ,
pretendendo estabelecer analogias entre a crucificação redentora de Cristo e o tormento
que criamos para nós , em virtude da nossa própria desobediência.
Para nosso benefício , é sempre bom lembrar e relembrar que em geral quem nos crucifica
somos nós mesmos e não os outros. E qual o resultado dessa crucificação ? Quando as nossas culpas nos crucificam , podemos
culpar os outros pelo nosso estado , podemos representar uma piedosa complacência para
com os nossos algozes , podemos pensar na maneira mais rápida , menos dolorosa e se
possível menos dispendiosa de nos desprendermos da cruz , podemos realizar mil coisas.
Só o que não nos ocorre , mesmo quando nos gloriamos de termos sido crucificados , é
morrer.
Um crucificado que não morre , volta para a sociedade em condições bastante piores. Já
não tem mais tanto medo daquilo que antes o apavorava e que provavelmente o tenha
levado à cruz. A experiência o ensinou a ser mais esperto da próxima vez , para que não
venha a ser apanhado novamente. Desenvolveu bastante a sua habilidade de lamuriar ,
acusando os outros a ponto de conseguir convencer , por vezes até a si próprio , da sua
inocência.
As contínuas crucificações , sem morte nem ressurreição , constituem perigos muito
sérios.
Se você está vivendo com um complexo de mártir , se acredita que é uma vítima de tudo e
de todos , procure se livrar disso o mais depressa possível. Conserve em mente algumas
verdades importantes.
Ninguém nos crucifica , isto é , ninguém pode fazer a nossa vida miserável. As nossas
falhas: as nossas transgressões , os nossos erros de raciocínio e ação é que nos colocam na
cruz.
As provações a que Deus nos submete podem ser comparadas a cruzes que temos de levar
, as cargas que nos poderiam oprimir , mas que ele carrega para nós . Não somos
crucificados nas cruzes que carregamos pela vida a fora. Somos antes aperfeiçoados e
enriquecidos por elas .
Quem sai vivo da cruz em que se crucifica , torna-se muito pior do que antes: Mais astuto ,
mais traquejado, mais insensível.
Se estamos nos sentindo como que crucificados vamos ter coragem de morrer . Que
pecado nos pregou nesta cruz ? O orgulho, a preguiça , a mentira , a idolatria , o egoísmo ?
Vários deles combinados ? Seja o que for , aproveitemos essa experiência de crucificação ,
esse período de angústias que atravessamos , não para lamuriar nem para culpar os outros ,
mas para o fim a que ele se destina , que é matar o nosso eu pecaminoso , e , com ele , o
pecado que agora nos crucifica.
Talvez Deus tenha colocado Cristo entre dois ladrões para nos mostrar que a cruz se
destina mesmo a infratores da lei , e que se nos pregamos a ela , só temos um caminho
certo a seguir: morrer.
O que encena a crucificação mas não quer morrer voluntariamente para o seu erro ,
acabará morto para a vida. O que , pregado na cruz , morre para os seus pecados ,
ressurge para outra vida , entrando no mesmo dia num paraíso que lhe era desconhecido,
para viver de novo com Cristo.
Se você está se considerando um mártir , um infeliz , um crucificado , procure descobrir as
falhas ou erros que o tornaram tão miserável. Peça a Deus que o perdoe , que o redima e que o ressuscite para uma vida nova. Ele quer que você viva feliz. Ele perdoa , ele acaba
com o pecado, ele restaura , a sua vida amargurada , fazendo-a alegre e tranqüila.
Sabendo que ele lhe perdoa, você também se perdoará a si próprio, e o perdão das suas
faltas passará a ser , para você , o fim de todas as suas agonias. Você caminhará pela vida
espalhando por toda parte a alegria da sua redenção.
Aproveite a cruz em que você se pregou. Não saia dela vivo
Morra para os seus pecados e viva livre do seu complexo de mártir. Viva vencendo

NÃO FIQUE PARADO - PROGRIDA
VENÇA A HESITAÇÃO
Quantas vezes você se deixou desviar do caminho que deveria seguir, durante a última
semana?
Não estamos falando apenas da prática de ações indiscutivelmente erradas , mas também
daqueles deslizes sutis. que são difíceis de identificar como erros.
Você tinha certeza de que precisaria agir energicamente , com relação a determinado
assunto ou indivíduo. Estava decidido a pôr termos a uma situação indesejável e
prejudicial , para você, para os seus associados e para muitos outros. A decisão era inabalável. Mas aconteceu o imprevisível. A pessoa que deveria ser advertida , suspensa ,
desligada do seu grupo ou despedida , apareceu com dor de cabeça , queixando-se de mil e
um problemas pessoais, e dando a impressão exata de que estava passando por um
processo de arrependimento , de reforma e de novos propósitos.
Automaticamente , você cancelou o seu projeto de firmeza e resolveu contemporizar a
situação , certíssimo de que o erro era seu , ao insistir numa resolução necessária , mas que
agora , diante da fraqueza alheia , lhe parecia até cruel.
Como resultado , tudo continuou na mesma , até alguns dias depois , quando um problema
da mesma natureza que o anterior veio à tona , com intensidade duplicada e proporções
muitos maiores.
Quando você resolveu agir , novo momento de hesitação diante das inesperadas condições
afrouxadoras do ânimo.
Começou a vacilação entre o que você acreditava ser o caminho certo , e os apelos
emocionais e práticos das circunstâncias. Quanto mais você adiava a resolução , pior ia se
tornando o problema , e mais veemente as insinuações para abandonar de uma vez o seu
propósito de resolver o caso. A hesitação é uma falha quase tão grave como a desobediência.
Quando Deus nos dá uma ordem , uma orientação ou diretriz , para usufruirmos os
resultados que a medida prevê , é necessário que , como Abraão , obedeçamos " naquele
mesmo dia , corno Deus falara com ele". (Gen. 17.23).
Estamos sempre correndo o risco de adiar as decisões necessárias , entendendo que a
procrastinação é sintoma de prudência. Não há virtude alguma em deixar para mais tarde
aquilo que não queremos fazer hoje , embora sabendo que precisa ser feito.
Você sabe disso , e eu também , mas o que nos falta é coragem para decidir.
Se o que você crê que deve ser feito , depois de submeter o seu caso à orientação divina ,
é, de fato , a vontade de Deus , ele pode dar-lhe a firmeza necessária para que você vença
a sua condescendência perigosa. O que ele lhe promete para as horas de hesitação é que
"não deixará vacilar o seu pé ," Você pode contar com Deus para apoiá-lo. orientá-lo e
fazê -lo prosseguir no caminho certo , a despeito da sua tendência para vacilar.
A mente humana tem mil recursos para nos afastar da trilha em que o Senhor nos quer
fazer andar. Mas quem faz claro o caminho , também nos fará andar nele , se aprendermos
a obedecer sem dar ouvidos às outras vozes que pretendem nos dirigir.
Pela graça divina , podemos nos libertar da tentação para o erro , da vacilação diante do
que sabemos ser correto , e da fraqueza , nas hora descisivas .
Por hoje caminhe para a frente sem hesitação e sem relutância.
Obedeça á Deus " no mesmo dia " em que ele lhe falar.
Faça um esforço na direção acertada , e o seu guia estará perto , para apoiá-lo para mantê-
lo no caminho certo.
Quando a hesitação começar a atormentá-lo , repta esta promessa divina: " Ele não deixará
vacilar o meu pé "
Você verá as suas forças redobradas e a mente esclarecida , para prosseguir na estrada que
Deus abre diante dos seus olhos.
Confie na segurança que ele lhe oferece.
Viva resolutamente. Viva vencendo.

VENÇA OS OBSTÂCULOS
Há muita gente que prefere decretar a própria falência a iniciar um negócio.
Pode ser que no seu espírito você lá tenha determinado que nunca vai conseguir isso ou aquilo , que prefere continuar como está , que não tem ambições , que não cobiça nada ,
etc.
Nem você mesmo acredita na bem-aventurança desse conformismo , mas isso não o
impede de criar uma lei nesse sentido , pela qual tudo o que representa tentativa de
progresso , desenvolvimento espiritual , social ou econômico , seja prontamente banido
das suas fronteiras.
Enquanto esse entrave autoconstruído não for expurgado da sua mente , você não irá para
diante , não importa quais as oportunidades que apareçam no seu caminho.
O pior é que com toda essa resistência contra o progresso , você, incoerentemente , vive
sonhando com as glórias de um dia futuro , em que , por milagre , todas as belezas da vida
virão ao seu encontro. Essa e a sua única tolerância para com a plenitude da vida , que
você , para todos os fins, não deseja e já deliberou que não conseguirá alcançar.
Quando uma ocasião de avanço e melhoria se depara à sua frente , você logo começa a
procurar os obstáculos e os defeitos que ela encerra. Você passa dias e dias procurando
com lentes alguns ciscos que não existem , mas nem se lembra de remover a grande
barreira do seu espírito , que não só o impede de progredir como obscurece a sua visão ,
fazendo-o descobrir mil manchas repulsivas , numa situação essencialmente clara e
luminosa.
É difícil compreender quais , os benefícios que , essa deturpação lhe pode proporcionar ,
mas é fácil supor que isso em nada agrade a Deus, que o criou para a intrepidez , para o
arrolo e para a confiança.
Resolva , hoje mesmo , dar uma reviravolta nisso tudo. Deixe de olhar para você mesmo.
Pare de examinar preconcebidamente as circunstâncias.
Levante os olhos para cima para os montes de nos vem a força , o socorro , a coragem ,_e
tome consciência do fato de que " em Deus faremos proezas "
Ponha nele a sua confiança , e as barreiras do seu espírito irão se desmoronando depressa .
sem o menor esforço de sua parte.
Deus nos criou para uma vida rica absorvente e vitoriosa. Não se esconda por detrás das
barreiras que você mesmo construiu. Elas são obra sua e por isso mesmo não têm
consistência.
"Em Deus faremos proezas."
Viva aventureiramente. Viva vencendo

VENÇA A PENÚRIA
Que é que você pensaria se alguém lhe dissesse que você não quer viver no meio da fartura ? Que você prefere a escassez , a penúria e a miséria ?
Isso pode parecer um absurdo , mas não é. Estamos sempre nos preocupando com a
necessidade de dar , com o dever de dar , com o privilégio de dar , mas raramente
consideramos o estado provavelmente precário da nossa capacidade de receber.
Sabemos que Deus é bom , que os seus recursos são infindos e que dar é o seu verbo
predileto. Ele nos deu este mundo maravilhoso , deu-nos a vida , mandou-nos Jesus Cristo
, enviou o Espírito Santo e continua pronto a derramar as suas dádivas copiosas sobre nós.
Então por que será que ainda vivemos vidas tão mesquinhas e desinteressantes , cheias de
sombras e frustrações ? Não será , em parte , porque temos medo de receber o que Deus
tem para nos dar ? Ou porque já estamos tão acostumados à sensaboria da nossa vida, que
não conseguimos aceitar nem mesmo a idéia de vivermos sem os nossos queixumes
peculiares, sem as nossas cargas auto-construídas e sem a nossa inseparável
autocomiseração?
Procure lembrar-se daquela vez que você fez um esforço especial para dar um presente
que lhe parecia útil , necessário e agradável a alguém das suas amizades. Você não mediu
sacrifícios , despesas nem trabalhos , porque desejava causar uma grande alegria a alguém.
Com o seu régio presente nas mãos , você procurou a pessoa que deveria recebê-lo , lá
imaginando a expressão de surpresa e agrado que tomaria conta do seu rosto , ao abrir o
pacote. Mas , por uma dessas manobras inexplicáveis , em vez de alegria , o que se
estampou na fisionomia daquela criatura contemplada com o seu presente , foi uma
censura indisfarçável : " Mas como é que você foi fazer isso ? " Você quis explicar que
tudo foi feito com muita alegria e prazer , mas não houve tempo , porque as recriminações
continuaram: "Agradeço muito , mas é um absurdo gastar tanto dinheiro nisto. O que eu
tenho ainda está em bom estado. Pode durar mais uns dois anos..." Você começou a
perceber que tomaram a sua atitude como uma afronta. Pensaram que você estava criticando o estado daquilo que o seu presente vinha substituir. Depois veio o problema da cor
, do tamanho , e, finalmente , com muita relutância , o do preço. Para terminar , o presente
voltou para a loja onde foi utilitariamente trocado por vários pares de meias e outros
gêneros que existiam em abundância no estoque do seu contemplado , mas que se
enquadravam melhor no seu espírito do que a dádiva rara que você lhe quisera oferecer.
A essa altura , todo o seu prazer de dar já se havia extinguido e você começou a imaginar
que de fato tudo fora uma grande tolice. Ver todos os seus esforços e economias
transformados em pares de meias não tinha graça nenhuma.
Ali mesmo você tomou a resolução de não dar mais nada a ninguém. Mas o seu bom
coração recusou a obedecer aos seus propósitos , e dentro de algum tempo você lá estava
de novo preparando o seu próximo presente.
No íntimo , embora sem compreender nada da situação , você sabia , por uma espécie de
instinto , que a falta não estava do seu lado , apesar de haverem tentado convencê-lo disso
a todo custo , mas sim no mecanismo mental do receptor. Você continuou a dar presentes
e continua a distribuí-los , a despeito das várias reações do tipo descrito que vem
encontrando pelo caminho.
Essa comparação elementar nos dá uma idéia da natureza dadivosa de Deus. Ele tem muito para nos dar em fé confiança , coragem , intrepidez , sossego , tranqüilidade
, eficiência e triunfo. Mas nós não estamos preparados para receber essas dádivas. Por
mais extraordinárias que elas sejam , preferimos trocá-las por " pares de meias ", isto é ,
por banalidades que sobram nos nossos estoques , com a explicação de que um dia
poderão ser necessárias. Com isso nós temos na conta de previdentes , sensatos , modestos
e econômicos.
Continuamos a usar os mesmos velhos recursos desgastados , que nos acompanham por
vários anos e achamos até uma afronta à nossa humildade o fato de Deus estar esperando
que nós , simples servos despretensiosos , nos atrevamos a fazer uso das "extravagâncias"
que ele nos oferece e coloca à nossa disposição.
Se não aprendermos a vencer o nervosismo , a confusão , se continuarmos a nos manter
irrequietos e revoltados incapazes de conservar a calma , a serenidade , o espírito de
reverência e gratidão , cada vez que Deus se dispõe a nos abençoar com novas e acrescidas
dádivas , estaremos cortando , propositadamente , o fluxo de bênçãos que ele mesmo
derrama sobre nós , com o fito de nos fazer avançar no caminho em que nos colocou , em
que deseja que andemos , e no qual nos esperam mais graças vindas das suas mãos .
São Paulo nos diz com muita sabedoria , em Filipenses 4.12-13: " Sei ter fartura , como sei
padecer necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece."
Se pararmos para refletir um pouco sobre o que se passa neste mundo , veremos que , ao
contrário do que parece à primeira vista , saber " ter fartura" não é apenas algo de muito
fácil , oposto a " padecer necessidade", que todos nós sabemos ser difícil.
Saber " ter fartura " é uma aquisição que demanda disciplina. Se todos aceitassem as
dádivas de Deus sem restrições , este mundo seria maravilhoso. Mas a natureza humana é
tão deturpada que leva muitos a rejeitarem quase tudo o que Deus lhes oferece.
Até que ponto você está apegado à rotina de uma vida estagnada e sem interesse com
medo de se apropriar das dádivas de vigor entusiasmo e dinamismo que Deus coloca à sua
disposição ?
Crie coragem para receber a fartura das bênçãos que estão sendo derramadas sobre você.
Comece hoje a aceitá-las com alegria e gratidão. Cultive com carinho as idéias novas de
progresso, que Deus depositar na sua mente. Se aquele projeto impossível começar a lhe
parecer viável , e se você está percebendo que com a graça divina poderá executá-lo , não
mate uma idéia poderosa , substituindo-a pelas eternas considerações pessimistas e
conservadoras do seu espírito , que sempre se apresentam como sensatas.
Não troque a dádiva rara , brilhante e promissora de um pensamento progressista , pelos
confortáveis pares de meia do conformismo , da apatia e da rotina.
Pratique , sincera e conscientemente , o dom de " Ter fartura " . Peça a Deus que o ajude a
ver , nas boas idéias que ele lhe dá , as possibilidades que a vida lhe oferece. Não imponha
restrições às bênçãos divinas pelo nervosismo , pelo descontrole , pela estreiteza da visão ,
pelo medo do desconhecido.
Deixe que Deus derrame sobre você todas as riquezas com as quais ele pretende não só
abencoá-lo , como usá-lo para servi-lo e para servir ao seu próximo . Fuja da miséria. Cultive na mente as belas sugestões que Deus coloca no seu espírito, para
enriquecê-lo. Viva com fartura. Viva vencendo.
VENÇA AS SUAS LIMITAÇÕES
Você já chegou ao fim de todos os seus recursos ? Não sabe mais o que fazer , nem o que
pensar , ou que caminho seguir ? Então está na hora certa para uma grande interferência na
sua vida.
No Salmo 107 , versos 27 e 28 , encontra-se a resposta para os seus problemas. Quando a
impressão que se tem é de que a nossa sabedoria chegou ao fim , restando apenas
angustias e tribulações , é hora de deixar o caso nas mãos de Deus.
"Perderam todo tino. Então , na sua angustia clamaram ao Senhor , e ele os livrou das
suas tribulações."
Não tente mais. Não force o raciocínio cansado nem a inteligência , que já perderam a
destreza e a argúcia. Clame ao Senhor. Dos recursos da sua sabedoria infinita , você
derivará a lucidez necessária para prosseguir , um passo de cada vez , provavelmente sem
uma visão conjunta do problema que satisfaça à sua sede mental de discernir uma lógica
no processos , mas sempre livre da angústia , acima das tribulações e certo de que ele o
levará ao seu destino , com muito mais perícia , rapidez e bom senso do que você com
toda a sua capacidade de reflexão poderia jamais imaginar.
Estamos sempre correndo o perigo de acreditar que as batalhas que travamos são vencidas
pela nossa habilidade de lutar. Raramente nos lembramos de que fomos colocados num
pequeno barco , do qual não sabemos nem mesmo manobrar uma vela , e freqüentemente
nos preocupamos de tal maneira , que até parece que fomos incumbidos , não só de dirigir
por nós mesmos a nossa nave , mas de comandar uma esquadra inteira.
Quando chegamos ao fim dos nossos recursos e permanecemos incapazes de começar a
resolver os problemas que nos confrontam , então somos colocados diante de uma das
maiores oportunidades que a vida nos oferece: a de aprendermos , por experiência própria
, que ao lançarmos mão , sem resultado , do ultimo expediente que nos resta , não
chegamos ao fim da luta amassados por uma derrota esmagadora.
Estamos apenas atingindo o limiar de uma nova fase de vitórias e triunfos , na qual ,
havendo exaurido todas as reservas pessoais , somos forçados a clamar a Deus , para que
ele lute por nos.
Os resultados dessa aventura serão tão compensadores , que da próxima vez , em lugar de
nos batermos até nos esgotarmos , para depois clamar ao Senhor , procuraremos
imediatamente o auxílio divino.
Aproveite ao máximo a experiência pela qual você está passando. Quanto mais grave for o
seu caso e quanto mais limitados os seus recursos , mais profunda será a prova da
interferência direta de Deus na sua capacidade de ação , a sabedoria divina começa a atuar. Conserve para sempre na memória a lembrança do triunfo alcançado quando você chegou
ao fim da sua sabedoria , e ela o ajudará a enfrentar com calma e confiança todas as
situações difíceis e angustiantes do futuro.
Mantenha bem vivo na mente o texto que lhe diz: " Perderam todo tino. Então , na sua
angustia clamaram ao Senhor , e ele os livrou das suas tribulações. "
Admita que você chegou ao fim dos seus recursos. Clame ao Senhor e aguarde a
libertação que ele lhe oferece. Viva vencendo.


VENÇA A ESTAGNAÇÃO
Você lá deve ter ouvido várias vezes que , nesta vida quem fica parado vai para trás.
Mas essa certeza não adianta muito porque , ao que parece , não existe ninguém que fique
parado por vontade própria. O que adiantaria era saber as razões pelas quais se para , e
como resolver o problema.
Para compreender melhor a situação , vamos considerar a " Parábola dos Talentos " ,
contada por Jesus no Evangelho de Mateus , capítulo 25 , versos 14 a 30.
Um homem , partindo para fora da terra , chamou os seus servos e entregou-lhes os seus
bens. A um deu , cinco talentos (dinheiro), a outro dois e à outro um , segundo suas
capacidades , e ausentou-se para longe.
O que recebera cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. O que recebera
dois , ganhou mais dois. Mas o que recebera um , fez uma cova na terra e nela escondeu o
dinheiro.
Tempos depois voltou o senhor , para acertar contas com os servos
O que recebera cinco talentos trouxe-lhe outros tantos: " Com os cinco talentos que me
deste , ganhei outros cinco. E o senhor lhe disse: "Bem está , servo bom e fiel. Sobre o
pouco foste fiel , sobre o muito te colocarei."
O mesmo aconteceu com o que recebera dois talentos e ganhar outros dois.
Cada um deles falou pouco , disse o que tinha a dizer e recebeu a devida recompensa.
Quando chegou a vez do que recebera um talento , ele iniciou um complicado discurso: "
Senhor , eu sabia que és um homem duro , que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde
não espalhaste. Atemorizado , escondi na terra o teu talento. Aqui tens o que é teu." No
Evangelho de Lucas , a expressão usada por ele é: " eu tive medo de ti , que és homem
rigoroso."
O Senhor lhe respondeu: " Mau e negligente servo , sabes que ceifo onde não semeei e
ajunto onde não espalhei. Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros , e quando eu viesse, o receberia com juros. Tirai dele o talento , e dai-o ao que tem dez talentos.
Lançai o servo inútil nas trevas."
A nossa primeira tendência , ao ler a história , é para acusar o servo que não soube usar o
seu talento. Mas observando-se um pouco melhor , percebe-se em parte a razão desse
comportamento. O homem estava tomado de pânico. "Eu tive medo de ti , que és homem
rigoroso."
O medo começou a trabalhar de várias maneiras na mente daquele servo , introduzindo no
seu espírito a duvida com referência ao seu próprio valor. O patrão lhe havia dado apenas
um talento , enquanto os outros receberam dois e cinco. E o patrão era desses homens que
conhecem as aptidões das pessoas , portanto , se achava que ele merecia só um talento
enquanto os outros mereciam dois e cinco , é porque ele , realmente , valia muito menos
do que os outros.
Poderia ter olhado o fato por outro lado e entendido que ,se o senhor lhe confiava um
talento , era porque o achava competente para negociar com esse talento. Mas o medo do
patrão , com toda a certeza , o fez esquecer de uma vez que outros poderiam ter sido
chamados , no lugar dele , para negociar com aquele talento , e que , se ele foi o escolhido
foi porque o senhor achava que poderia usá-lo.
Uma vez que o medo penetra no espírito trazendo pelo braço a duvide , esta quase sempre
vem de mãos dadas com o conceito de inferioridade. Deixe que o medo se infiltre na sua
mente , e você logo começará a duvidar de si mesmo , de tudo e de todos. Dentro de pouco
tempo , estará dominado pela inferioridade e convencido de que não vale mesmo nada.
Nesse caso , o que lhe resta fazer ? Passar a outro o que lhe foi confiado , naturalmente ,
para que alguém dê conta do recado que lhe coube , e que você está apavorado demais ,
duvidoso demais e inferiorizado demais para levar a efeito. Seria lógico , não seria ?
Correr ao banco e colocar a juros o dinheiro. Mas por que o servo não pensou nisso ? E se
pensou , por que não agiu desse modo ?
Aqui entra outra característica dos que são tomados pelo medo. Entregar o dinheiro ao
banco seria admitir o seu fracasso , a sua incapacidade de trabalhar com o que lhe fora
entregue. As pessoas medrosas dificilmente encaram a realidade de que são medrosas. E
por isso procuram de todas as maneiras disfarçar as suas limitações , tentando encobri-las
dos outros. Para esconder a falha , a solução é uma só ; cavar uma cova. A cova é o único
lugar seguro , no qual o indivíduo pode enterrar o seu talento , juntamente com o seu medo
, a sua dúvida e a sua inferioridade.
É provável que o servo tivesse nutrido sonhos de que o patrão não voltasse mais. Já estava
demorando muito , e talvez não viesse mesmo. Pode ser também , que antes de tomar a
iniciativa de abrir a cova , ele tivesse tentado fazer alguma coisa com o dinheiro. Mas
apavorado como estava , naturalmente não conseguiu nada . Chegou o dia de acertar
contas. E o que fez esse servo ? Exatamente o que fazem os medrosos. Ele , que já havia
enterrado o dinheiro , talvez por medo de admitir a quem quer que fosse a sua
incapacidade de usá-lo , continuou procedendo na mesma linha de conduta. Preparou um
pomposo discurso.
O indivíduo que tem medo , que vive cheio de dúvidas e inferiorizado , é em geral verboso
, arrogante e crítico " Senhor , eu te conhecia " ( ele conhece , sabe , é entendido) , "que és homem duro , que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste." Reparem até
onde o levou o medo : à dúvida , à inferioridade , e agora à mentira que resultava da
deturpação do seu raciocínio. O patrão voltara para ceifar precisamente o que espalhara ,
mas o servo medroso não consegue estabelecer a necessária relação entre os fatos , nem
percebe o ridículo a que se expunha com o seu julgamento infundado e falso.
Aqui entra a única verdade proferida por ele durante a sua defesa: " eu tive medo de ti. . .
atemorizado , escondi na terra o teu talento. "
Diante disso , o senhor não perdeu tempo em dar explicações nem em se defender da
crítica, porque para a mente deformada pelo temor , qualquer esclarecimento seria inútil.
O servo lá se convencera de que o erro estava no senhor , e o raciocínio do medo é
incrivelmente obstinado.
A resposta foi dada na base da própria distorção do pensamento do servo medroso "
Sabias que ceifo onde não semeei" . Por que então não agiu na base do acreditava que
sabia ? Por que , ao menos , não colocou o dinheiro no banco ? Essa era uma das poucas
perguntas que o servo poderia responder , se não em voz alta , pelo menos para si próprio:
pela mesma razão que agora o levara a se gabar , a acusar e depor falsamente: medo.
Medo de admitir que tinha medo.
O dinheiro lhe foi tirado e entregue ao que tinha dez talentos.
Então veio a parte final do castigo. O servo medroso foi lançado nas trevas. Ele procurou
esconder nas trevas de uma cova o que lhe fora confiado , e acabou dentro dela.
Duvida , inferioridade , raciocínio falho , mentira , pompa , espírito crítico , escuridão , eis
a corte de misérias que acompanha o medo , quando ele nos penetra o espírito.
Se você tem qualquer traço de semelhança com o servo medroso , que pensou que ficaria
parado no mesmo lugar enterrando o seu talento , não se precipite em abrir nenhuma cova.
Considere que a base dessa paralisia que não o deixa progredir é quase sempre o medo. E
o medo pode ser vencido pela fé .
"Deus não nos deu o espírito de temor , mas de fortaleza " (II Timóteo 1.7). Se não é
Deus quem nos dá o espírito de temor , ele tem outra origem. E o que não vem de Deus ,
já sabemos pelo medo , que o faz caminhar para trás. Ataque-o diretamente conforme já
ficou sugerido quando falávamos sobre esse assunto . Lembre-se de que qualquer temor
que o assalte , e de que ele não nos criou para vivermos amedrontados , mas para
triunfarmos sobre o medo .
Acostume-se a fortalecer a sua resistência , firmando-se nas promessas que Deus nos faz
de que estará conosco sempre. Tome os talentos que lhe foram confiados - poucos , muitos
, quantos forem , e comece a exercitá-los. Creia que Deus lhe deu esses talentos porque
acredita na sua capacidade de fazer uso deles. Não reclame , não inveje , não perca tempo
cobiçando o talento alheio , e acima de tudo , não tema. Vá devagar , comece com pouco ,
seja fiel , trabalhador , entusiasta , e em breve o seu Senhor lhe confiará muito mais do que
você pode imaginar.
Não fique parado. Caminhe para a frente. Viva vencendo
ADQUIRA UM NOME
Você quer ser alguém ? Não ha' necessidade de consultas profundas com o seu espírito ,
para saber que sim. A sede de glória , de reconhecimento , de se tornar conhecido , de
fazer nome , é parte da nossa natureza.
Tentar satisfazer esse desejo é uma inclinação natural , mas infelizmente os resultados
obtidos nem sempre são satisfatórios. Muitos passam a vida toda sonhando com o alguém
que desejariam ser , mas nunca chegam a transpor a barreira dos sonhos. Outros se põem a
caminho daquilo que lhes parece a verdadeira glória , empolgam-se por uma causa
entusiasmada e descobrem que , em lugar da satisfação de "ser alguém", vão se tornando
cada dia mais infelizes , mais frustrados , mais neuróticos e mais doentes.
A Bíblia , que não deixa de levar em séria consideração nenhum dos vitais problemas
humanos , oferece-nos também uma saída para esse impasse.
" Haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus . . . Deus o exaltou
soberanamente e lhe deu um nome..." (Filipenses 2:.3-9).
Se o seu grande desejo , como o da maioria , é ser exaltado e ter um nome , Deus satisfará
a esse desejo. Basta que você comece por ter " o mesmo sentimento que houve em Cristo
."
As diretrizes para o êxito estão claramente descritas na passagem citada: " Nada façais por
contenda ou por vanglória , mas por humildade." O primeiro passo para a glória é não
lutar ou contender por ela , e o segundo é deixar de pensar no assunto.
Parece fácil , mas como ? A sua imaginação trabalha , mesmo contra a vontade ,
construindo planos contendedores para vencer os obstáculos do caminho , e se o próprio
objetivo da glória é o estímulo que o mantém de pé , vencendo as adversidades da
conquista , como vai ser possível prosseguir , se for exigido de você que não faça nada por
contenda ou por vanglória ?
Imediatamente segue-se a advertência que vai chocar um pouco o seu espírito
empreendedor: " Cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um
para o que é propriamente seu , mas cada qual também para o que é dos outros".
Essa é a chave do mistério. Com ela , você precisa abrir uma nova porta , passando a
esquecer o seu eu , pensar nos outros e considerá-los superiores a si mesmo. Inicialmente ,
conceda-lhes a superioridade de merecerem a sua atenção e o seu interesse , antes de você
mesmo. No momento em que essa idéia for devidamente assimilada , tudo mudará de
figura . Primordial , na sua mente , será a felicidade do seu próximo , em todas as esferas.
O seu ego desaparece depressa , perdido em perspetiva longínqua , enquanto a
consideração pelo bem-estar alheio domina o primeiro plano do seu quadro mental
Para que você não se considere um desajustado , entre centenas de egocêntricos que
parecem estar prosperando bastante com esse sistema de conduta , vem aqui uma explicação , que servirá como elemento motivador das suas atitudes: " De sorte que haja
em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus que , sendo em forma de Deus ,
não teve por usurpação ser igual a Deus." Repare bem que o sentido da humildade
sugerido aqui não implica em negação dos seus atributos. Cristo era a forma de Deus e
continuou sendo. Apenas , em lugar de fazer alarde dos seus méritos ou vangloriar-se
deles , "aniquilou--se a si mesmo , tomando a forma de servo , fazendo--se semelhante aos
homens."
Se você pretende atingir a verdadeira glória , será necessário compreender bem o sentido
dessa humildade de Cristo. O que ele era , continuou sendo. Mas assumiu a forma de
servo , para poder ajudar a humanidade.
Todos os seus atributos morais , vocacionais ou intelectuais têm que permanecer com você
, se você pretende servir. Muita gente fracassa ao tentar assumir a forma de servo , porque
imagina que , para isso, é necessário destituir-se de todos os seus méritos , negar as
qualidades e os valores que possui , e diluir-se no meio daqueles que pretende auxiliar.
Esse negativismo não ajuda ninguém , nem aos necessitados , que apenas continuam com
mais um nas suas fileiras , nem ao que deseja servir por tal método , pois ao abrir mão
daquilo que o possibilita de ser útil , torna-se tão incapaz como os incapacitados que lhe
caíram no encargo.
Para servir é preciso aniquilar-se , tomar a forma de servo , mas manter a sua própria
identidade , que é a de filho de Deus , assessorado pelos benefícios que ele outorgou , quer
pelo entendimento , quer pelos recursos materiais , quer pela simples e poderosa
espiritualidade da sua vida.
Lembre-se de que Cristo era " forma de Deus" e permaneceu como tal durante a sua
peregrinação na terra. Não perca de vista o verdadeiro espírito da missão da humildade ,
que não é forçá-lo a dissolver-se num nível inferior , mas fazê-lo servir os outros pela
manutenção das suas próprias qualidades , consagradas ao Senhor.
Esse espirito de serviço é medido pelo grau de obediência: achado na forma de homem ,
humilhou-se a si mesmo , sendo obediente até à morte , e morte de cruz". Cristo estava
pronto a obedecer a Deus e humilhar-se através dessa obediência , até onde o Senhor o
exigisse . Mas a obediência era exclusivamente a Deus e não aos ditames humanos.
Muitos fracassam na tarefa de servir , porque não conseguem diferenciar entre a
obediência a Deus que fortalece e vivifica , e a obediência aos caprichos das massas
humanas , às quais pensam que estão servindo pela subordinação. Esse é o modo mais
fácil de por termo a uma radiosa carreira de serviço: dobrar-se às fantasias das criaturas às
quais desejamos servir , em lugar de fielmente nos curvarmos à obediência única da
vontade de Deus.
O espírito de serviço traz uma grande recompensa para os que , ao modo de Cristo ,
obedecem ao Senhor: "Pelo que , Deus o exaltou soberanamente , e lhe deu um nome ,
que é sobre todo o nome ".
Deus lhe dará também um nome , se você penetrar pela estrada do serviço ao próximo.
Mas não será apenas para seu proveito. Há razoes para essa exaltação: " Para que ao nome
de Jesus se dobre todo joelho... e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor " .
Esse é o alvo da sua glória. Um alvo concreto , definido e estimulante. Por isso , ponha-se a caminho dele. Siga a estrada do serviço ao próximo , penetrando nela pela trilha da verdadeira humilde.
Conquiste um nome para você. Viva vencendo.

VENÇA O IMPOSSÍVEL
Há muitas passagens estimuladoras na Bíblia , que nos animam a crer nas possibilidades
da vitória. " Tudo posso naquele que me fortalece." "Todas as coisas são possíveis ao que
crê". "Se Deus é por nós quem será contra nós ? " , e muitas outras , são bem conhecidas
dos que se dedicam à leitura da palavra divina.
Por que será então que tanta gente que se considera seguidora de Cristo vive infeliz ,
desanimada , e sem fazer progresso algum ? Será que a razão da ineficácia dessas
promessas não estará no sentido trocado que às vezes procuramos dar a elas ?
Sabemos que o texto nos diz " tudo posso naquele naquele que me fortalece" , e mesmo
assim , freqüentemente estamos descobrindo que não podemos nada. Basta atacar um
projeto ou formular um plano , para não dar certo. Cremos na nossa força de vontade , no
nosso gosto pelo trabalho , acreditamos no bom propósito da nossa empresa , procuramos
ser diligentes , honestos e justos na realização da idéia e , ainda assim , nada sai a
contento. Muito contra a vontade , somos levados a admitir que se o texto funciona para
alguns , certamente não se aplica ao nosso caso. Aborrecemo-nos com o fracasso ,
desiludimo-nos com a experiência e ficamos literalmente sem saber o que fazer ou o que
pensar dessa patente contradição.
Só o que em geral não nos ocorre , é ler com cuidado o texto novamente.
Passamos muito tempo batalhando na área do " tudo posso", até que chegamos a imaginar
que esse seja o conteúdo total da passagem. Agora , depois de comprovar que não
podemos nada , começamos a perceber a ultima parte da sentença. " Tudo posso naquele
que me fortalece." Só há um jeito de se poder tudo . É pela resistência que derivamos
daquele que nos fortalece. Sozinhos na nossa própria força não podemos coisa alguma.
Delineando projetos que nos pareçam excelentes e pedindo para eles o auxílio de Deus ,
não vamos chegar a parte alguma.
Para poder tudo , é preciso começar pelo final do texto , que é justamente a fonte desse
poder. Antes de elaborar qualquer plano , procure a companhia fortalecedora daquele que
o fará poder todas as coisas. Acostume-se a depender da aprovação do seu apoio , ou da
censura da sua negativa. Passe algum tempo na presença de Deus , fortalecendo-se com a
orientação que ele lhe der. Apresente a sua causa com toda as defesas e acusações que lhe
ocorrerem , e depois deixe que ele decida. Prepare-se apenas para obedecer , nada mais.
Então você compreenderá claramente o sentido do texto que lhe diz " Tudo posso naquele
que me fortalece."
Quando a força , qualquer que seja ela , física , mental , emocional ou econômica , deriva
do seu contato com Deus , você realmente pode tudo. Venha o que vier , altos e baixos , derrotas ou triunfos , todas as coisas procedem daquele que o fortalece , e que , por
caminhos às vezes estranhos , opera sempre para o bem daqueles que o amam.
Com essa compreensão das passagens , você terá sempre recursos de resistência , até
mesmo para enfrentar com ânimo e alegria os seus últimos fracassos. Eles não
representam uma derrota. Constituem apenas uma indicação de que o caminho escolhido
não lhe serve , de que a porta não é aquela pela qual Deus deseja que você entre.
Submeta o seu caso inteirinho à direção do Senhor e continue caminhando serenamente,
até que ele aponte , no longo corredor da sua vida , qual a porta certa , que ele mesmo irá
abrir para você .
Acostume-se a ler os versículos bíblicos inteiros. "Todas as coisas são possíveis" , que
você tanto gosta de citar , não termina aí. A frase só faz sentido quando completada pelo "
ao que crê " que se segue. " Quem será contra nós" é um grito de bravata , se não for precedido por "se Deus é por nós" e " tudo posso" só é possível " naquele que me fortalece.
"
Procure compreender melhor que as suas grandes possibilidades dependem inteiramente
de Deus.
Viva poderosamente. Viva vencendo

VENÇA AS LAMÚRIAS
PRATIQUE O LOUVOR
Você já parou alguma vez na vida unicamente para louvar a Deus ? A sua resposta pode
ser uma série de perguntas: Louvar a Deus como ? Andar direito , ajudar aos outros ,
contribuir para a Igreja e para instituições de caridade não constituem formas de louvar a
Deus ?
Mas não é disso que estamos falando. Você já parou alguma vez para adorar a Deus ? Para
pensar no que ele é , no que representa para você , pelo fato de ser o seu Deus ?
Ele é o Deus Todo-Poderoso. Procure compreender bem isso. Os seus problemas , as
dificuldades de sua família , as desordens do mundo inteiro , tudo está debaixo do controle
desse Deus Todo-Poderoso.
Deus é o nosso Criador. Ele criou este mundo e todas as coisas que existem. Você não
precisa ter um temperamento poético para apreciar a leitura do versículo vinte e quatro do
Salmo cento e quatro.
" Ò Senhor ! Quão variadas são as tuas obras ! Todas as coisas fizeste com sabedoria.
Cheia está a terra das tuas riquezas." Salmo 104
Deus é um Deus que nos quer bem. Medite um pouco sobre os aspectos do amor de Deus. Não só no que ele tem feito por você , mas no que já fez e continua fazendo pelo mundo
todo.
Reflita sobre as qualidades do seu Deus , e deixe que o seu espírito se acalme e se
fortaleça com essa reflexão.
Por hoje adicione mais esse bom hábito àqueles que lhe serão úteis para viver vencendo.
Ensine-se a si mesmo como louvar e adorar a Deus.
Procure ler todo o Salmo cento e quatro , e depois tente compor o seu próprio salmo de
louvor a Deus. Enumere , gravando bem na mente , as coisas que mais o impressionam ,
das quais Deus é o Criador. Depois , faça menção de vários atributos de Deus e medite
em cada um deles.
O seu primeiro salmo será curto e esquisito , mas continue praticando. Você verá como se
aprende depressa o louvor e , acima de tudo , como essa experiência enriquece e dá
sentido à vida.
A Bíblia está cheia de recomendações para se louvar ao Senhor. Não somos só nós ,
humanos , que apreciamos elogios. Deus também os aprecia e determina que eles lhe
sejam feitos. Não sabemos ao certo por que a Bíblia insiste em louvor a Deus , mas em
parte há de ser pelo bem que esse louvor faz à criatura.
Por isso , passe alguns minutos por dia deleitando-se na contemplação dos atributos
divinos. Não peça nada , e nem mesmo agradeça nada. Apenas pense em Deus, em tudo o
que ele é.
Você receberá muito mais , em resposta a todas as suplicas que não chegou a fazer , do
que se as tivesse mencionado em detalhes. A razão é simples: pedindo favores , você está
se movimentando no nível das suas necessidades. Louvando a Deus , você penetra outras
alturas , atuando no nível da própria finalidade para a qual você foi criado.
Viva para o fim para que Deus o criou. Louve-o , adore-o conscientemente ,
planejadamente , pelo menos durante alguns minutos todos os dias.
Observe a diferença que se processa em você e ao seu redor. Ainda que as situações
continuem idênticas , você não permanecerá o mesmo. Essas visitas aos planos de
adoração o fazem crescer acima de todos os seus problemas. Você não será mais
esmagado por qualquer dificuldade , porque a consciência dos atributos divinos inundará
de força o seu espírito , fazendo mais do que vencedor em todos os seus problemas.
À medida que você exercita a prática do louvor a Deus , procure aplicá-lo também àqueles
que o cercam. Comece aos poucos , esforçando-se por apreciar sinceramente os valores e
qual idades alheias.
Dentro de algum tempo , a sua antiga habilidade de enxergar , com precisão absoluta ,
todos os defeitos do próximo , terá sido substituída pelo hábito , bem mais construtivo , da
descoberta das boas qualidades e do elogio sincero.
Você será mais feliz , os outros ao seu redor viverão mais contentes , e Deus , nas alturas , também se alegrará , ao vê-lo identificado com o propósito para o qual o criou , que é
glorificar o seu Criador.
 Viva louvando a Deus e você viverá vencendo.

FONTE

http://www.etcap.com.br/livros/160549_Viva%20Vencendo.pdf

























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